Eleição nos EUA: novo vice de Trump é grande inimigo do carro elétrico
Simone Machado
Colaboração para Carros
17/07/2024 04h00
O candidato J.D. Vance, escolhido pela chapa de Donald Trump para concorrer ao cargo de vice-presidente dos Estados Unidos, é conhecido dos norte-americanos por suas falas polêmicas e seu posicionamento contra a expansão dos carros elétricos no país.
No ano passado, ele argumentou em seu site que a iniciativa de promover veículos elétricos representa uma ameaça direta à economia americana e criticou o atual presente do país Joe Biden e possível concorrente nas eleições deste ano.
"Enquanto as cadeias de suprimentos de EV (veículos elétricos) ainda estão fortemente concentradas na China, o governo Biden envia bilhões para essa indústria todos os anos. Enquanto a maioria dos americanos quer dirigir um carro movido a gasolina, o governo Biden segue uma política explicitamente projetada para aumentar o custo da gasolina. Eles fazem isso em nome do meio ambiente, mas tudo o que estão fazendo é enriquecer a economia mais suja do mundo às custas dos trabalhadores automotivos em Ohio, Pensilvânia e Michigan", disse à época.
Ainda segundo Vence, o investimento em veículos elétricos vai afetar diretamente os salários dos trabalhadores e, por isso, os Estados Unidos não devem seguir esse caminho.
"Essas políticas levam a um lugar inevitável: salários mais baixos para trabalhadores da indústria automobilística e preços mais altos para motoristas. É uma proposta perde-perde", acrescentou.
Assim como o seu candidato a vice-presidente, Donald Trump também não apoia o investimento em elétricos e menospreza os benefícios ambientais dessa tecnologia. Postura que coloca Trump e Vence do mesmo lado e em oposição direta às políticas do atual presidente Joe Biden, que incentiva a adoção de tecnologias limpas e sustentáveis.
Na quinta-feira (11), o governo americano anunciou que vai liberar US$ 1,7 bilhão (R$ 9,19 bilhões) em subsídios à indústria automotiva para o desenvolvimento e produção de veículos elétricos.
O valor será destinado para ao menos dez fábricas fechadas ou com ameaça de fechamento em oito estados do país e, segundo a Casa Branca, deverá manter e criar 15 mil empregos.
Ainda visando proteger os empregos antes das eleições de novembro, os EUA, sob comando de Biden, anunciaram em maio que vão aumento de 25% para 100% o valor da taxação sobre veículos elétricos chineses este ano e triplicar o valor da taxa sobre importações de aço e alumínio.
Além disso, as tarifas sobre semicondutores chineses também sofrerão impactos e serão dobradas a partir de 2025.
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