Saudades do posto: carro híbrido estraga ao só rodar no modo elétrico?

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Os veículos híbridos plug-in (PHEV) oferecem uma combinação de motor elétrico e a combustão. Mas o que acontece quando optamos por utilizar apenas o modo elétrico desses veículos? Isso estraga algum componente ou traz algum problema para carro?

PHEV, que significa "Plug-in Hybrid Electric Vehicle", é um tipo de veículo híbrido que pode ser recarregado conectando-se a uma fonte de energia externa. Diferentemente dos HEV ("Hybrid Electric Vehicle"), que recarregam suas baterias através do motor a combustão ou da regeneração de energia durante a frenagem, os PHEV oferecem a opção de rodar exclusivamente com energia elétrica, graças a baterias de maior capacidade.

Ao optar por rodar somente no modo elétrico, o motorista de um PHEV pode se deparar com algumas questões. Uma delas é a possibilidade de a gasolina no tanque envelhecer, o que pode levar à necessidade de manutenção do sistema de injeção de combustível. Além disso, há o risco de componentes como selos e bombas de combustível secarem ou corroerem devido à falta de uso.

A autonomia média de um veículo híbrido plug-in (PHEV) no modo elétrico varia consideravelmente entre os modelos disponíveis no mercado. Em geral, pode oscilar entre 40 e 80 quilômetros, dependendo da capacidade da bateria e da eficiência do veículo.

Alguns modelos mais avançados oferecem uma autonomia que se aproxima ou até ultrapassa 150 km, o que é suficiente para cobrir a distância média diária percorrida por muitos condutores. No entanto, estudos da Cetesb indicam que 80% dos motoristas rodam na capital paulista, por exemplo, menos do que 70 km por dia.

Segundo Carlos Augusto Roma, diretor-técnico da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos), "a lógica é que tudo que você não usa atrofia, se o modo à combustão não fosse usado nunca, teria comprometida a lubrificação, prejudicaria o sistema de injeção de combustível, velas, correias, todos esses componentes foram feitos para serem usados, mas, na prática, dificilmente isso vai ocorrer"

"Em algum momento, mesmo que o usuário não perceba, o carro vai acionar automaticamente o sistema híbrido e entra em combustão. Mesmo que o uso seja muito leve, há algum uso do sistema, para manter a lubrificação dos componentes. A menos que o motorista não ligue o carro, por um tempo muito prolongado, se ficar três meses sem ligar um híbrido é tão ruim quanto a um carro a combustão", completou.

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Muitos fabricantes de PHEV estão cientes desses potenciais problemas e projetaram seus veículos com sistemas que protegem contra a degradação do combustível. Segundo Roma, alguns modelos são programados para ligar o motor a combustão periodicamente, garantindo que o combustível não fique estagnado por muito tempo.

Exatamente por isso os tanques são menores, não só porque ocupa o espaço do motor elétrico, mas também para que se use o combustível e todos os sistemas sejam lubrificados.

A ABVE informa que nos carros híbridos plug-in é possível regular no painel de instrumentos do carro para que entre no modo combustão quando atinge por exemplo 10% ou 20% da carga elétrica, sem precisar se preocupar com qualquer problema de falta de uso de qualquer componente.

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