Fusca dado por Silvio Santos há 43 anos vira relíquia de família em BH
Há mais de quatro décadas, o comerciante Márcio Rosa da Silva, 52, morador de Belo Horizonte (MG), tem na garagem de casa uma relíquia: um Volkswagen Fusca azul ano 1981 que a família ganhou no Baú da Felicidade, programa comandado por Silvio Santos.
Em dezembro de 1980, a avó dele foi sorteada no programa televisivo Baú da Felicidade, e os pais de Márcio viajaram à cidade de São Paulo para participar da gravação - quando conheceram o apresentador.
Ao participarem da atração, em que eram representados por cantores que deveriam acertar a música tocada, a família ganhou uma televisão e um Fusca azul modelo 1300, movido a etanol, que está com a família até os dias de hoje.
Nos anos 80, participar do Baú da Felicidade era o sonho de milhões de brasileiros. A chance de ganhar prêmios participando de programas na televisão trazia emoção e esperança para as famílias - e o Fusca era um carro de desejo de muitos na época.
"Apesar de o programa ter sido gravado em dezembro, o carro foi entregue em 1º de abril. Eu era pequeno, mas me lembro que foi a maior festa aqui no bairro. Toda a equipe da emissora esteve na minha casa, teve balões, fogos de artifício e todo mundo ficou sabendo que havíamos ganhado o carro", recorda o comerciante, que na época tinha 10 anos.
O Fusca, que inicialmente pertencia à avó de Márcio, passou de geração em geração. Após a morte do pai, em 1996, o veículo está sob os cuidados do comerciante e fica guardado na garagem da casa da família.
Ele explica que, ao longo dos anos, sempre cuidou do carro e tenta ao máximo manter sua originalidade.
"O volante, o painel, os frisos, as rodas e todo o carpete interno são originais. Os bancos precisamos trocar a capa porque com o tempo a original ficou deteriorada. O motor também mandei retificar recentemente", acrescenta.
Com 43 anos, o Fusca continua em pleno funcionamento. Ele é usado aos fins de semana por Márcio e a família para passeios pelos bairros da capital mineira.
"Não uso ele no dia a dia, mas faço questão de sempre estar passeando com ele até para mantê-lo funcionando", diz.
Ainda segundo Márcio, a família reside na mesma casa desde a época da premiação, e todos no bairro sabem da história do Fusca e de sua ligação com Silvio Santos. Ao longo das décadas, diversas ofertas pelo carro foram oferecidas à família, que afirma que o veículo é o xodó da casa e não pretende vendê-lo.
"Ele tem um valor sentimental muito grande, faz parte da história da minha família e nunca cogitamos vender. É algo que vamos manter conosco", acrescenta Márcio.
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