Golpe do QR Code: bandidos inovam para usar bikes do Itaú sem pagar
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Usuários das bicicletas compartilhadas fornecidas no Rio de Janeiro, conhecidas como 'bikes laranjinhas do banco Itaú', relatam um novo golpe. Os bandidos têm trocado os QR Codes originais para fraudar o sistema de aluguel e fazer os usuários pagarem pelo serviço sem utilizar. As reclamações partem dos moradores do bairro Tijuca, na zona norte da cidade.
Como funciona o golpe
Golpistas colocam adesivos nas bicicletas com QR Code referente a outra bike, estacionada em uma estação diferente. Quando o modelo é liberado, o bandido consegue retirá-lo sem custos pelo aluguel.
Caso a bicicleta seja utilizada mais que o tempo previsto, o gasto do uso extra também é repassado para a vítima.
A fraude ainda deixa o usuário impossibilitado de solicitar outra liberação, já que a conta já está vinculada à retirada da bicicleta que está com o golpista.
A professora Carla Sammartino testemunhou o caso de perto. Ela tem o aplicativo da Bike Rio, no qual paga uma taxa mensal para utilizar a bicicleta. Já sabendo do caso, um dia estranhou o adesivo extraviado do QR Code. No momento retirou o lacre e viu que todas as outras estavam da mesma forma, então desistiu de usar.
"Não tentei pegar a bike, porque se eu liberasse iria pagar mais para outros usarem. O que vi é que eles usam mais que a hora determinada, fazendo com que nós usuários paguem pela hora extra. Não estou mais usando porque estou com medo", disse a professora.
O que diz a empresa
A Tembici, responsável pelo sistema de bicicletas compartilhadas no Rio de Janeiro, diz que tem conhecimento de ações desse tipo e diariamente faz a conservação das estações e verificação dos QR Codes para garantir o funcionamento de suas instalações. A empresa também já está instalando QR Codes autodestrutivos nas bikes, que ao serem retirados se rasgam e perdem a validade.
Disseram ainda que não registraram o caso na Polícia Civil porque os criminosos utilizam a bicicleta por meio do QR Code, mas depois a devolvem. Nenhum desaparecimento de bicicleta foi registrado até agora.
"A Tembici utiliza os canais de comunicação para orientar os usuários sobre o uso do sistema, reforçando que a retirada e devolução das bicicletas só é confirmada após a luz verde ser acesa e um sinal sonoro ser emitido, garantindo assim o uso e travamento da bike", disse a empresa.
"Todas as viagens realizadas com as bicicletas compartilhadas são monitoradas, e quando situações do tipo são relatadas, a equipe da Tembici entra em contato com o usuário para verificar a situação e evitar cobranças indevidas. Em caso de bikes extraviadas, a recuperação é acionada, uma vez que 100% da frota possui GPS", completou.
A orientação em caso de qualquer ato de vandalismo ou comportamento suspeito seja presenciado que entrem em contato por meio dos seus canais oficiais de comunicação.
A Assessoria de Comunicação da Polícia Civil diz que não existem registros de ocorrência sobre este fato na delegacia da área. "É necessário que a empresa Tembici e o Banco Itaú se manifestem, procurem a delegacia e apresentem informações sobre os casos", diz a assessoria de comunicação da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Também entramos em contato com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, que afirma que a corporação emprega policiamento na região e intensifica as abordagens e revistas aos cidadãos em conduta suspeita. Havendo constatação de flagrante delito, os envolvidos serão presos.
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