De novo Onix a SUV inédito: o que GM lançará com investimento bilionário

Após um período de ajustes nas operações no Brasil, a General Motors iniciou um novo ciclo de investimentos no país. O UOL Carros detalha abaixo o que esperar do portfólio da Chevrolet nos próximos anos.

Em janeiro, a montadora anunciou um aporte de R$ 7 bilhões até 2028 para atualização de toda a linha da Chevrolet produzida localmente e para a homologação de novos veículos que virão importados, com propulsão elétrica e híbrida.

Esse dinheiro servirá, dentre outros produtos, para o lançamento de um SUV inédito em 2025 e para a atualização, também prevista para o ano que vem, de dois dos produtos mais vendidos da marca no Brasil: Onix e Onix Plus, que não recebem atualizações relevantes desde 2019.

Aos poucos, a GM vai detalhando o destino desses R$ 7 bilhões. Em julho, na fábrica de Gravataí (RS), onde a família Onix é produzida, a empresa revelou que R$ 1,2 bilhão está direcionado justamente para a renovação visual e de conteúdo do hatch e do sedã compactos.

Além disso, segundo revelou Santiago Chamorro, presidente da GM para a América do Sul, esse R$ 1,2 bilhão está reservado para o desenvolvimento do já citado utilitário esportivo compacto - que, segundo Chamorro, vai ocupar uma fatia do mercado no qual a General Motors ainda não atua.

Nossa aposta é de que esse novo produto será posicionado abaixo do Tracker para desempenhar o papel de "SUV do Onix": ou seja, trata-se de um utilitário esportivo pequeno, que vai chegar para rivalizar com Fiat Pulse e o SUV subcompacto que a Volkswagen vai lançar em 2025, com fabricação em Taubaté (SP).

Novos híbridos flex

Na semana passada, durante evento no Centro Tecnológico da montadora em São Caetano do Sul, no ABC paulista, a empresa anunciou que, dos R$ 7 bilhões, R$ 5,5 bilhões serão destinados às unidades fabris da GM instaladas no estado de São Paulo.

Conforme a General Motors, esse montante já é destinado, dentre outros projetos, para o desenvolvimento de dois modelos com tecnologia híbrida flex - os primeiros da companhia em todo o mundo.

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Ainda não sabemos quais serão esses modelos, mas nossa aposta é de que será aplicado em produtos com maior valor agregado no portfólio de veículos fabricados no Brasil. Uma possibilidade seria a picape compacta Montana e outra, o Tracker reestilizado.

De acordo com nossa apuração, esses dois primeiros carros serão do tipo 'híbrido leve', também conhecido como micro híbrido - sistema que utiliza uma bateria de 48 volts conectada a pequeno motor elétrico, que acumula as funções de motor de arranque e alternador, para auxiliar o propulsor a combustão, com o objetivo de poupar combustível e reduzir as emissões.

Recentemente, a GM global reviu seus planos de eletrificação total a curto prazo para dividir as atenções com veículos híbridos nessa fase de transição, em que as baterias de propulsão elétrica ainda são muito caras e falta infraestrutura de recarga não apenas em mercados em desenvolvimento como o Brasil.

Seis lançamentos em 2024

Chevrolet Equinox EV, com propulsão 100% elétrica, será lançado em outubro no Brasil; Blazer EV é outra novidade da GM
Chevrolet Equinox EV, com propulsão 100% elétrica, será lançado em outubro no Brasil; Blazer EV é outra novidade da GM Imagem: Divulgação

A General Motors já havia anunciado que neste ano terá seis lançamentos de veículos no mercado brasileiro. Destes, já chegaram às concessionárias: os novos Chevrolet Spin, S10, Trailblazer e Blazer EV.

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Também virá, em outubro, a versão totalmente elétrica do Equinox - o sexto e último lançamento, provavelmente, será uma versão da picape grande Silverado, também trazida de fora do Brasil.

Nova etapa após turbulência

O atual ciclo de investimentos da GM acontece após um período de turbulência da empresa no ano passado, que incluiu rumores de um eventual fechamento das respectivas fábricas no Brasil.

No segundo semestre de 2023, a companhia chegou a anunciar cerca de 1.200 demissões nas linhas de produção no estado paulista, localizadas em São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes - posteriormente suspensas pela Justiça do Trabalho.

Os planos de demissões foram sucedidos por uma greve que durou 17 dias entre outubro e novembro do ano passado, que culminou em um PDV (Plano de Demissões Voluntárias) nas fábricas de São Paulo.

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