Por que os carros estão cada vez mais pesados e isso é uma boa notícia
Em 1990 a Volkswagen vendia o Santana no Brasil. Era o sedã maior e mais luxuoso da marca na época, mas sabia que ele era mais leve que um Virtus, o sedã compacto da marca de hoje?
Sim, o Santana pesava 1.140 kg distribuídos nos seus 4,53 m de comprimento e 1,69 m de largura, enquanto o Virtus atual pesa 1.161 kg e tem 4,56 m de comprimento e 1,75 m de largura.
Carros cresceram, e como pudemos ver acima, o compacto de hoje é maior que um médio de 33 anos atrás, mas não foi só isso que aumentou o peso dos carros e há muito o que comemorar aí.
Hoje os carros precisam atender a regulamentações de segurança, eficiência e emissões, que incluem diversos sistemas novos nos veículos que aumentam o peso.
Entre esses sistemas está o dimensionamento da estrutura metálica, para melhores resultados no crash-test, tanques com paredes de múltiplas camadas para reduzir emissões evaporativas
Há também itens de conforto que viraram quase que padrão como direção hidráulica, vidros elétricos, bancos elétricos, além do ar-condicionado que está virando uma constante nos veículos. Os carros atuais também têm melhores isolamento acústicos, segurança e estabilidade.
Projetos podem assumir formas geométricas mais complexas, aumentando dimensões e reduzindo o arrasto aerodinâmico, compensando o aumento de peso e diminuindo o consumo de combustível na maioria dos casos.
Uma redução desse peso pode vir com o uso de estruturas de alumínio e chapas mais finas, mas de alta resistência, permitindo que se tenha os ganhos de segurança e eficiência com possível redução de peso. São ferramentais que exigem uma revolução na indústria de estamparia, nas laminações de chapas de aço mais precisas e na fundição de estruturas em alumínio - uma revolução que ainda pode chegar ao Brasil.
*Com matéria de maio de 2023
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.