Carlos Ghosn: juiz condena ex-chefe da Nissan a devolver iate e R$ 175 mi

Ex-presidente de Renault e Nissan, Carlos Ghosn foi condenado por um tribunal das Ilhas Virgens Britânicas a devolver US$ 32 milhões (cerca de R$ 175 milhões) para a marca japonesa após ter aferido que o empresário desviou o montante para a compra de um iate. A Nissan ainda promete responsabilizá-lo por meio de ação legal.

O que aconteceu

O brasileiro Carlos Ghosn, 70, ex-comandante de Nissan e Renault, foi acusado de desvio de verba do conglomerado automotivo e afastado do comando das empresas há alguns anos. Agora, ele foi condenado a pagar R$ 175 milhões para a Nissan por ter usado este dinheiro para a compra de um bem próprio.

A aquisição em questão foi um iate, o Custom Line Navetta 37. Com aproximadamente comprimento de 37 metros e feito pela fabricante Ferretti, o modelo tem sete banheiros, cinco cabines principais e quatro cabines para tripulação.

Segundo o tribunal das Ilhas Virgens Britânicas o dinheiro saiu das contas da Nissan através de intermediários para entidades comandadas por Ghosn e seus familiares, como a Shogun Investments - empresa californiana de propriedade de Ghosn e seu filho.

Ghosn disse que está "obviamente apelando" da decisão e nega tudo. Já a Nissan - que também move ação contra Ghosn - elogiou o tribunal e se manifestou em um comunicado oficial.

"Isso é parte dos esforços da Nissan para recuperar os danos sofridos devido à má conduta de Carlos Ghosn, incluindo a apropriação indébita dos ativos da Nissan e etc. por meio de processos judiciais, incluindo ações judiciais no Japão e no exterior. A Nissan continuará esses esforços para responsabilizar Carlos Ghosn por sua má conduta."

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