Ferrari F50, 'Rambo Lambo' e mais: a garagem de luxo de Bashar al-Assad
Do UOL, em São Paulo
09/12/2024 12h19
Rebeldes anunciaram a deposição do governo de Bashar al-Assad na Síria, no domingo. Dezenas de pessoas invadiram o palácio em que vivia o ditador, que fugiu para a Rússia, segundo agências internacionais.
Entre os pertences descobertos pelos sírios, está uma coleção de dezenas de carros de luxo atribuídos a Assad, guardados em um grande galpão.
Confira modelos da garagem de Assad
Algumas unidades do Toyota Land Cruiser. Não é vendido no Brasil, mas o carro no modelo 2023 é disponibilizado por importadoras por R$ 998 mil.
Ferrari F50: o preço varia muito de acordo com seu estado, mas uma F50 1995 colocada em leilão esse ano foi arrematada por US$ 5,5 milhões, cerca de R$ 33 milhões, na cotação atual.
Ferrari F430: um modelo semelhante ao de Assad está disponível em sites de revenda por cerca de US$ 134 mil, ou R$ 811 mil — com algumas unidades menos conservadas chegando até a US$ 110 mil, ou R$ 660 mil.
Lamborghini LM002: a marca de luxo fabricou apenas 301 unidades desse modelo, que ganhou o apelido de "Rambo Lambo" ao ser lançado nos anos 1980. Em julho desse ano, uma delas foi vendida por US$ 400 mil (R$ 2,1 milhões) nos Estados Unidos.
Lamborghini Diablo SV: em leilões feitos esse ano, o modelo —que já não é mais fabricado— foi arrematado por valores que iam de US$ 450 a 550 mil (R$ 2,7 a R$ 3,3 milhões).
As imagens divulgadas nas redes sociais também mostram modelos Aston Martin, Rolls-Royce, BMW, Mercedes e Lexus. Há também o que parece ser uma Bugatti Veyron, segundo o britânico Telegraph, carro raro disponível em leilões por preços que vão dos R$ 9 milhões aos R$ 12 milhões.
Residência do ditador foi saqueada
A residência presidencial de Assad foi invadida e saqueada após sua fuga, em um cenário de caos e euforia em Damasco. Segundo a BBC Internacional, o palácio onde residia o ditador teve objetos furtados e destruídos.
Centenas de pessoas foram vistas no local, muitas delas entrando para conhecer um espaço que antes tinha o acesso proibido. A repórter Lina Sinjab relatou que "muitas pessoas, vindas de áreas rurais, invadiram o palácio e quase o esvaziaram, destruindo tudo".
Tentativa de controle pelos rebeldes. O grupo rebelde HTS (Hayat Tahrir al-Sham (Organização para a Libertação do Levante, em tradução livre), que liderou a ofensiva contra o regime, enviou combatentes ao local para tentar conter os saques e disse que a ação era inaceitável.