Bomba 'chipada' é o novo golpe: como se proteger na hora de abastecer?

Operações de fiscalização em cidades como Campinas (SP) e Cariacica (ES) revelaram esquemas sofisticados para enganar motoristas, entregando menos combustível do que o registrado nas bombas ou comercializando produtos adulterados. O novo golpe usa chips ou outros dispositivos para entregar menos combustível do que o registrado na bomba.

Entenda abaixo o novo golpe e veja dicas para se proteger ao abastecer:

Como funciona o golpe

Os golpes com bombas adulteradas geralmente envolvem a instalação de dispositivos eletrônicos ocultos, como chips ou placas controladas remotamente. Eles são conectados ao sistema interno da bomba e programados para registrar um volume maior de combustível no visor do que o efetivamente entregue ao consumidor.

O controle remoto, muitas vezes disfarçado de um chaveiro ou outro objeto do dia a dia, permite que o frentista ative ou desative o dispositivo conforme a necessidade, reduzindo as chances de detecção durante fiscalizações.

Em muitos casos, o golpe é combinado com práticas como abastecimento seletivo, em que o dispositivo é ativado apenas em momentos estratégicos, como fins de semana ou horários de maior movimento, quando as chances de uma inspeção são menores.

Esses sistemas, altamente sofisticados, são difíceis de identificar a olho nu, reforçando a necessidade de maior fiscalização e atenção por parte dos motoristas.

Dicas para se proteger nos postos

Sempre desça do carro para acompanhar o abastecimento e esteja atento;

Veja se o bico engatado no veículo corresponde ao combustível solicitado;

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Verifique se o preço indicado na bomba é o mesmo anunciado. As diferentes formas de pagamento - dinheiro, crédito ou débito - podem resultar em valores diferenciados de cobrança;

Verifique se a bomba de combustível inicia em zero;

Aguarde o abastecimento começar e esteja atento ao seu término. Somente após a conclusão do abastecimento se dirija ao local de pagamento;

Em caso de dúvidas, solicite a conferência da bomba por meio do aferidor de 20L que todos os postos são obrigados a ter. Fique atento para possíveis falhas de energia na bomba medidora após pedir esse ensaio e, antes de testar a bomba, verifique se o aferidor encontra-se lacrado e sem qualquer material em seu interior que possa reduzir seu volume;

Tenha como referência os abastecimentos anteriores realizados em postos de combustíveis de sua confiança, pois, o volume nominal do tanque indicado no manual do veículo costuma apresentar erros de até 20% da capacidade real;

Abasteça sempre até o desarme automático do bico. Recomende ao frentista para não forçar a entrada de mais combustível;

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Sempre exija a nota fiscal. Nela constará o valor e a quantidade de litros entregue. Observe se é o mesmo que foi inserido no seu veículo.

Além do ensaio pra confirmar o volume de combustível, os postos também são obrigados por lei a realizar um teste para comprovar a qualidade do combustível se o cliente desconfiar e solicitar.

*Com reportagens de Paula Gama, em dezembro de 2024, e Thaís Roland, em fevereiro de 2022

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