Não é só lavar: o que vale (ou não) consertar antes de vender seu carro

Com a correria do dia a dia, nem sempre temos tempo para dar aquela caprichada na aparência do carro. Principal instrumento de trabalho, com os anos é natural apresentar problemas, sejam eles estéticos ou mecânicos. Mas e quando chega aquela hora de trocá-lo por um outro modelo? O que compensa fazer para vendê-lo mais rápido?

Alguns problemas no carro podem ser consertados devido ao custo baixo, já outros nem tanto. Mas, em suma, o mais importante é, antes de colocá-lo à venda, resolver imediatamente para que o pequeno conserto não se alastre e você acabe tendo um gasto ainda maior para conseguir vendê-lo.

Para ajudá-lo a tirar essas dúvidas, reunimos os principais tópicos que valem ou não a pena de serem consertados.

O que compensa fazer

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Imagem: Matuiti Mayezo/Folhapress

Limpeza externa e interna
Apesar de óbvio, muitos nem se preocupam em dar aquela caprichada no visual que inclui uma boa limpeza na área interna como carpetes, bancos, painel e portas.

A lavagem precisa ser caprichada, mas lembre-se que quanto ao motor, a prática deve ser evitada, pois pode gerar algum problema na parte eletrônica. Uma lavagem detalhada hoje pode ter um custo médio entre R$ 20 e R$ 100 reais, dependendo do modelo do veículo.

Amassados e riscos
Aqueles amassadinhos, conhecidos como mossas, nas portas do carro, devem ser consertados. Com um valor médio de R$ 70 até R$ 400, dependendo do estrago, vale a pena mandar arrumar, pois além de melhorar a parte estética do veículo, o serviço é rápido - demora no máximo uma hora - e não precisa substituir nenhuma parte da lataria.

Polimento e cristalização
Pequenas imperfeições ou riscos na pintura condenam a estética do carro. Por isso, um simples polimento pode resolver o problema de forma simples e barata. Feito com uma politriz profissional e polidores específicos, costuma custar, em média, R$ 120. Se a pintura estiver bastante danificada ou manchada, a cristalização (ou espelhamento), processo pelo qual se corrige imperfeições na pintura melhorando o aspecto geral do veículo, pode ser uma alternativa. Tem um valor médio cobrado de R$ 350.

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Jogo de ferramentas
Um detalhe que merece a atenção é o jogo de ferramentas composto de macaco, chave de roda, triângulo de sinalização, bem como o próprio estepe. Portanto, se estiver faltando algum desses itens, providencie, pois isso contará pontos na avaliação do seu usado. Não custa caro - em torno de R$ 55 o kit e a falta deles, pode causar uma má impressão do interessado.

Vazamentos de óleo
Se tiver vazamento, dependendo do problema, pode ser simples e barato de ser consertado e não despertará desconfiança por parte do interessado no veículo e lembre-se de nunca lavar o motor. Além de não ser recomendado pelas montadoras, o aspecto de limpeza e brilho excessivo também pode camuflar um problema maior no motor.

O que não compensa fazer

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Imagem: Monalisa Lins/BOL

Jogo de pneus
Um jogo de pneus costuma custar caro (entre R$ 650 e R$ 1.300) e é um investimento que dificilmente você terá de volta na hora da venda do seu veículo usado. Nesse caso, só troque-os se estiverem totalmente desgastados. Ou se estiver disposto, ofereça um desconto maior ao possível comprador para que ele tenha em mente do que precisará arcar depois da compra do veículo.

Suspensão
Esse é outro item que costuma ser bastante dispendioso. Só como exemplo, trocar todas as buchas da suspensão de um sedã médio como um Honda Civic, por exemplo, não sai por menos de R$ 1.000.

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Por isso, seja honesto com o interessado e diga o que precisa ser feito no seu carro. Em último caso, só substitua componentes da suspensão como amortecedores, molas, buchas, bandejas, rolamentos etc., se estiverem exageradamente gastos, ruidosos ou defeituosos, o que na hora do test drive poderá afastar o possível comprador.

Óleos, fluidos e aditivos...
Substituir o óleo do motor, bem como o filtro, a água do radiador e demais aditivos e a bateria, são itens que o próximo dono pode fazer, pois eles não influenciam na avaliação e que normalmente são retirados e recolocados pelo próximo proprietário.

O custo dessa revisão e substituição de aditivos geralmente custa em torno de R$ 500 e é um valor que certamente o dono não terá como recuperar na hora da venda. Nesses casos, só complete, pois um comprador mais cuidadoso pode olhar que o nível dos líquidos no reservatório está abaixo e desconfiar de um possível vazamento.

Discos de freio e pastilha
São itens que não afetará na parte estética do carro, e por isso não vale a pena trocá-los. Um jogo de pastilhas, por exemplo, para um carro popular sai, em média, R$ 80. Logicamente se eles estiverem demasiadamente gastos, aí a situação muda de lado, pois o atrito entre a pastilha gasta no disco pode causar empenamento no mesmo e aí o custo será ainda maior.

Velas e cabos
Substituir as velas e cabos é a mesma regra. Se o seu carro apresentar dificuldades na partida, consumo excessivo de combustível, falhas na aceleração e perda de potência, é preciso checar estes dois componentes. Do contrário, é preferível deixar de lado, pois não afetará negativamente a quem estiver interessado no seu veículo. Lembre-se que um jogo de velas e cabos para um carro popular vai custar R$ 240.

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* Fontes consultadas: CESVI Brasil, Grupo Mapfre, Sindirepa-SP, Aval Consultoria, Mercado Livre.

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