Não é só Tesla: outras marcas já têm carros que 'dirigem sozinhos'

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O Autopilot da Tesla é amplamente conhecido como um dos sistemas de condução semiautônoma mais avançados do mercado. Mas, correndo por fora, outras marcas também estão investindo pesadamente nessa tecnologia para peitar de igual para igual num futuro bem próximo.

Ford e GM, por exemplo, têm desenvolvido sistemas semelhantes para seus carros mais premium, como a Cadillac. O Super Cruise é um dos principais concorrentes do Autopilot, oferecido em alguns de seus modelos como o Cadillac CT6. Esse sistema também permite a condução autônoma em rodovias, mas com uma abordagem ligeiramente diferente da Tesla.

Ele permite que o veículo conduza sozinho em rodovias, mantendo a velocidade e a posição na pista sem a necessidade de intervenção do motorista. O sistema utiliza uma combinação de câmeras, sensores e mapas digitais para monitorar o ambiente e manter o controle, para detectar as marcações da pista e manter o veículo no caminho certo.

As diferenças entre esses sistemas podem ser sutis, mas significativas. O Autopilot da Tesla, por exemplo, é conhecido por sua capacidade de fazer curvas e mudanças de faixa de forma autônoma, enquanto o Super Cruise da Cadillac se concentra mais em manter a velocidade e a posição na pista.

Já o sistema autônomo da Ford é chamado BlueCruise. Ele é projetado para uma condução mais segura e conveniente, especialmente em viagens longas, utilizando uma combinação de câmeras, radares e sensores para monitorar o ambiente ao redor do carro e manter o veículo na faixa de rodagem.

Uma das características mais importantes do BlueCruise é a capacidade de operar em rodovias pré-definidas e mapeadas dos Estados Unidos, conhecidas como "estradas habilitadas para BlueCruise". O sistema ajusta a velocidade do veículo de acordo com o tráfego e realiza ultrapassagens quando apropriado. No entanto, o motorista ainda precisa estar atento ao volante e pronto para assumir o controle, se necessário.

A Ford trabalhou em colaboração com empresas de mapeamento para garantir que essas pistas sejam atualizadas para autonomia, e o BlueCruise foi desenvolvido para funcionar apenas em estradas que foram certificadas como adequadas para a condução autônoma.

Ricardo Bacellar, especialista automotivo, comenta que "a Tesla prefere sensores mais baratos, que mapeiam em 2D, que acredita ser igualmente precisos quando combinados com vários sensores. A tecnologia de ponta sempre foi cara, mas com o tempo ganha volume e reduz custos. Não se tinha anos atrás quanto custariam essas tecnologias e o tempo foi mostrando que vão gerar um caminho irreversível".

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É importante destacar que existem diferentes níveis de condução semiautônoma, classificados por números. O nível 0 representa a ausência de qualquer assistência, enquanto o nível 5 representa a condução totalmente autônoma, sem a necessidade de intervenção humana. Os sistemas da Tesla, Cadillac e GM geralmente se enquadram nos níveis 2 e 3, que permitem a condução autônoma em condições específicas, mas ainda requerem a atenção do motorista.

Apesar de a legislação brasileira e de outros países ainda não permitir que veículos circulem sem motorista, o avanço dessa tecnologia abre novos horizontes para a condução assistida e a segurança no trânsito.

Mas, além desses sistemas avançados, existem assistências semiautônomas à condução disponíveis em veículos vendidos no Brasil. Essas tecnologias incluem sistemas de controle de cruzeiro adaptativo, assistência de manutenção de faixa, detecção de pedestres e obstáculos e frenagem de emergência automática.

Embora não sejam tão avançadas quanto os sistemas de condução totalmente autônoma, elas oferecem um nível adicional de segurança e conveniência para os motoristas.

No entanto, a implementação dessas tecnologias avançadas no Brasil enfrenta desafios. As condições precárias de infraestrutura das ruas e rodovias podem dificultar o funcionamento eficiente desses sistemas. Falta de marcações claras, sinais de trânsito inconsistentes e ruas em mau estado podem comprometer a precisão e a segurança dos sistemas autônomos.

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