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Renault vê Brasil como segundo maior mercado até 2013

Renault Fluence, sedã médio que substitui o Mégane no Brasil e foi desenvolvido em parceria com a sul-coreana Samsung, é uma das apostas da marca para o país em 2011 - Divulgação
Renault Fluence, sedã médio que substitui o Mégane no Brasil e foi desenvolvido em parceria com a sul-coreana Samsung, é uma das apostas da marca para o país em 2011 Imagem: Divulgação

Por Helen Massy-Beresford e Gilles Guillaume

10/02/2011 08h51

A Renault prevê que o Brasil seja seu segundo maior mercado até 2013, superando a Alemanha e em linha com a tendência já identificada por outras fabricantes. Segundo o plano estratégico da empresa até 2013, divulgado nesta quinta-feira (10), a Rússia será o quarto maior mercado da Renault e a Índia subirá 20 posições, assumindo a 11ª em dois anos.

A marca francesa informou que não planeja entrar no mercado chinês, o maior do mundo, nos próximos dois anos. O plano da Renault foi anunciado um dia depois que a rival francesa PSA Peugeot-Citroën divulgou que vai focar na Índia como forma de reduzir sua dependência dos estagnados mercados de veículos da Europa.

A Renault teve lucro líquido de 3,42 bilhões de euros em 2010, revertendo prejuízo em 2009 de 3,13 bilhões de euros. A empresa inverteu os resultados após a venda de ações na Volvo, que rendeu ganho de 2 bilhões de euros.

A montadora divulgou que espera vendas em volume e receita maiores em 2011 em relação a 2010 e que tem como meta obter um fluxo operacional de caixa livre de 500 milhões de euros.

"Temos um plano que considero mais robusto hoje, com estimativas em alguns casos que são até conservadoras, para assegurar que a Renault tenha todas as chances de ser bem sucedida", disse o presidente-executivo da montadora, Carlos Ghosn.

O plano prevê um aumento no número de modelos oferecidos pelas marcas do grupo, incluindo a sul-coreana Renault Samsung e a romena Dacia. A estratégia estabelece que 80% dos novos modelos entre 2014 e 2016 sejam baseados em uma plataforma compartilhada com um parceiro, em uma estratégia do grupo para aumentar sinergias com a Nissan e a Daimler.

Ghosn afirmou que a Renault quer que as três parceiras gerem sinergias combinadas de pelo menos 1 bilhão de euros por ano durante o plano.

Em 2010, Renault, Nissan e Daimler concordaram em trocar pequenas participações e trabalharem juntas no desenvolvimento de veículos.