GM abre programa de demissão voluntária em São José dos Campos
SÃO PAULO (Reuters) - A General Motors abriu nesta terça-feira um programa de demissão voluntária (PDV) para funcionários da fábrica de São José dos Campos, interior de São Paulo
A montadora disse que a medida decorre da intensa concorrência no mercado interno de automóveis e dos "crescentes custos de mão de obra, matérias-primas e insumos em geral".
Em 12 de setembro, os metalúrgicos da GM em São José dos Campos e São Caetano do Sul aceitaram proposta de reajuste salarial de 10,8 por cento, com aumento real de 3,2 por cento. Além disso, o acordo prevê abono de 3 mil reais aos trabalhadores e ampliação de cláusulas sociais.
A empresa também atribuiu a necessidade do PDV ao que classificou de "concorrência assimétrica" gerada por uma guerra cambial.
A valorização do real reduz a competitividade de veículos produzidos no Brasil no mercado internacional. Ao mesmo tempo, motiva importações de automóveis para competir com a produção local.
A GM não especificou quantas demissões o PDV visa a atingir.
A fábrica em São José dos Campos conta com cerca de 9 mil funcionários e produz os veículos Corsa, Meriva, Classic, Zafira, S10 e Blazer, além de kits desmontados para exportação e peças.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos se mostrou contrário à decisão da montadora, afirmando que a medida não reflete o ritmo de produção da GM neste ano.
"A linha de produção está mantendo seu ritmo, de 850 veículos por dia", afirmou o presidente do sindicato, Vivaldo Moreira Araújo.
(Por Priscila Jordão)
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