Volkswagen e Porsche integram produção, mas descartam esportivo 'popular'
Apesar da dura batalha que enfrentam para concluir a tão planejada integração, Volkswagen e Porsche vão integrar linhas de produção, o que poderá poupar centenas de milhões de euros por ano e reforçar a estratégia de crescimento do grupo, que pretende tornar-se líder mundial de vendas até 2018. A decisão, no entanto, não significa que haverá um esportivo da marca com preço mais em conta.
Questões tributárias e legais em aberto desde que as companhias deram entrada na fusão há quase três anos as fizeram mudar o foco para uma integração operacional. Assim, a Porsche começará a fabricar em setembro a versão modernizada do Boxster na unidade da Volkswagen em Osnabrueck (Alemanha) e incluirá, em 2013, a nova versão do Cayman na mesma linha. Esses serão os primeiros modelos da Porsche a serem totalmente fabricados em uma fábrica da Volks.
A produção de modelos da Porsche na unidade alemã será restrita a veículos que, por motivos técnicos, não podem ser fabricados em Zuffenhausen. A crescente demanda pelo modelo 911, que usa a mesma plataforma de produção do Boxster e do Cayman, está causando gargalo na principal fábrica da Porsche, onde a capacidade é de 35 mil a 40 mil veículos por ano, segundo o diretor de vendas da Porsche, Bernhard Maier.
"Estamos chegando à nossa capacidade máxima", disse. "Precisamos crescer", acrescentou.
A marca de esportivos também já começou a mandar engenheiros da tradicional base de Zuffenhausen (Stuttgart) para darem treinamento na unidade de produção em massa sobre como fabricar seus carros. A fabricante é conhecida por técnicas de produção que companhias como Lufthansa e ThyssenKrupp tentam imitar.
PORSCHE BARATO, NÃO
Maier derrubou, ainda, qualquer especulação sobre a fabricação de um Porsche mais "acessível". Rumores na mídia davam conta de que a marca esportiva planejava construir um modelo posicionado abaixo do Boxster.
"Fazer um Porsche de 30.000 euros (cerca de R$ 80 mil, sem impostos ou taxas, ou seja, invadindo o patamar de modelos mais caros da Volks ou iniciais da Audi) não combina com nossa marca", afirmou o diretor de vendas em entrevista à agência "Automotive News", em Mônaco. Segundo Maier, "a extraordinária experiência de compra de um Porsche não sai de graça e o preço de entrada está delimitado pelo Boxster e pelo futuro Macan".
No Brasil, o Boxster custa quase R$ 400 mil. O Macan será o SUV compacto da Porsche, posicionado abaixo do patamar do Cayenne, o modelo mais vendido da marca atualmente, apesar das críticas iniciais ao seu projeto.
Com a chegada ao mercado dos novos modelos e a unificação da linha de produção com a Volks, a Porsche planeja entregar 200 mil unidades até 2018. Em 2011, a marca entregou 117 mil esportivos de luxo em todo o mundo. O aumento da produção, no entanto, não significa perda da qualidade, segundo Maier.
"Nossa estratégia para 2018 começa com a definição da estratégia da marca. Não importa que tipo de carro fabricamos, ele sempre será um carro esportivo", disse Maier. "Manteremos a exclusividade de nossa marca, apesar do aumento no volume (de vendas). Temos de acelerar para manter o sucesso a longo prazo", concluiu. (Com Redação de UOL Carros)
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