Sindicatos da Peugeot aceitam antecipar transferências de fábrica na França
Sindicatos da PSA Peugeot Citroën aceitaram que a montadora começasse a transferir trabalhadores da problemática fábrica de Aulnay, começando de fato a desaceleração gradual da fábrica, um ano antes do fechamento programado.
Conselhos de trabalhadores aprovaram a transferência para outra fábrica na região, em resposta à violência e ameaças contra os funcionários que não aceitaram a convocação de greve pelo esquerdista CGT, disse o vice-presidente executivo de operações industriais, Denis Martin. A interrupção da produção da unidade, de 440/ dia, pode afetar a Peugeot com custos de reestruturação acima da previsão, a menos que a situação se resolva rapidamente.
Apesar da queda na demanda por veículos na França e Europa, a lista de espera pelo Citroën C3, montado em Aulnay, aumentou em decorrência das paradas, afirmou a montadora. "Certa perda de produção era prevista no plano, mas se isso se arrastar por muito mais tempo começará a ter impacto", afirmou um representante da companhia.
"A produção continua parada após novos danos a equipamentos de telecomunicação cometidos na quinta-feira por uma 'violenta minoria' de grevistas", afirmou Martin em coletiva na capital.
OUTRA SEDE
Pelo plano de reestruturação da Peugeot de cortar 8 mil postos de trabalho na França, metade dos 3 mil empregados de Aulney seriam transferidos em 2014 para a unidade de Poissy, a oeste de Paris.
As transferências começarão agora diante do pedido de outros sindicatos, começando no início de março a um ritmo de 50 pessoas por semana. O plano pode ter atrasos após o sindicato CGT ter conseguido na Justiça que a Peugeot estendesse as consultas aos empregados na subsidiária Faurecia.
A transferência de empregados continua temporária e pode ser revertida quando a produção de Aulnay voltar ao normal, segundo Martin, acrescentando que a Peugeot atualmente planeja manter os dois turnos na fábrica.