Topo

Construção de fábrica da Great Wall no Brasil fica para 2014

Alberto Alerigi Jr.

Em São Paulo (SP)

12/03/2013 15h32

O grupo brasileiro que estuda a construção de uma fábrica de veículos da chinesa Great Wall no país decidiu adiar o projeto para 2014, afirmou representante do grupo nesta terça-feira (12).

A fábrica, com capacidade inicial para 50 mil veículos por ano, tinha previsão inicial de começar a ser construída no Brasil no início deste ano. O investimento total do projeto, incluindo montagem de rede de concessionários é estimado em cerca de US$ 1 bilhão.

"A decisão de ter a fábrica continua, mas a empresa decidiu adiar o início da obra para o meio do ano que vem", disse o analista de mercado da Latin American Motors (LAM), Leandro Machado, à Reuters, citando decisão tomada em fevereiro.

A LAM, controlada por investidores pessoa física de São Paulo, será responsável por reunir os recursos para o investimento na fábrica enquanto a Great Wall fornecerá tecnologia para o empreendimento.

A Great Wall é a maior fabricante de utilitários esportivos (SUV) da China e inicialmente três modelos da marca seriam produzidos na futura fábrica da marca no Brasil: uma picape, um SUV e um mini SUV, disse Machado.

Executivos da Great Wall visitaram no ano passado as cidades de Ribeirão Preto e Guarulhos, em São Paulo, além de Joinville e Salvador. Segundo o representante, a decisão do local ainda não está tomada.

Quando visitou Ribeirão Preto em setembro passado, o diretor de desenvolvimento de fábricas da Great Wall, Steve Wang, afirmou que a companhia tinha planos para trazer fornecedores de peças para se instalarem ao redor da futura fábrica, segundo a prefeitura da cidade.

NA CHINA
A Great Wall registrou vendas de 620 mil veículos na China em 2012 e para 2013 os planos são de vendas de 700 mil unidades, incluindo exportações de 140 mil veículos.

Se os planos de instalação se confirmarem, a Great Wall reforçará a presença de montadoras chinesas de veículos no Brasil, que inclui marcas como Chery e JAC, em um momento em que o novo regime automotivo brasileiro cobra investimentos maiores em produção local e em pesquisa e tecnologia. O Brasil é o quarto maior mercado de veículos do mundo.

No salão do automóvel de São Paulo do ano passado, representantes brasileiros de marcas chinesas como Changan, Haima, Hafei, Jinbei, Shuanghuan, Landwind, Changhe e Jonway informaram terem planos ou estarem estudando a construção de fábricas no Brasil com parceiros locais.