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Grupo integrado pela Daimler gastará US$ 500 milhões em postos de hidrogênio

Christiaan Hetzner

Em Frankfurt (Alemanha)

30/09/2013 13h49

A Daimler e cinco empresas de petróleo e gás vão investir cerca de 350 milhões de euros (US$ 500 milhões) ao longo dos próximos dez anos em uma rede de estações de abastecimento de hidrogênio na Alemanha, voltada a veículos elétricos movidos a célula de combustível, disseram as empresas nesta segunda-feira (30).

Carros com células de combustível são vistos por muitos na indústria como a melhor solução a longo prazo para reduzir as emissões de carbono do transporte rodoviário, mas um grande problema -- além do alto preço -- é a falta de uma infraestrutura de reabastecimento.

"Até 2023 devem existir mais postos de abastecimento de hidrogênio do que postos convencionais nas auto-estradas hoje", disse o vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da Daimler, Thomas Weber, em comunicado. A iniciativa inclui os grupos petroquímicos OMV, Shell e Total, bem como os produtores de gases industriais Air Liquide e Linde.

O grupo, apelidado de "H2 Mobility", tem como objetivo ter cerca de 400 postos de abastecimento de hidrogênio na Alemanha em 2023, com os primeiros 100 deles entrando em operação nos próximos quatro anos. Atualmente, o país conta com cerca de 15 desses postos. Quando o sistema estiver completo, haverá um posto de hidrogênio a cada 90 quilômetros nas auto-estradas alemãs, afirmou o grupo.

A Daimler é líder no mercado de carros elétricos movidos a célula de combustível e disse este ano que lançaria, junto com Ford e Nissan, veículos que não custassem mais que um automóvel híbrido-diesel dentro de um prazo de cinco anos. O preço do Mercedes E 300 BlueTec, um híbrido-diesel, parte de 52.450 euros na Alemanha.