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Conversas sobre sucessão na Daimler ressurgem após saída de executivo

<br>Edward Taylor e Ilona Wissenbach

Em Frankfurt (Alemanha)

29/01/2014 12h27

Um dos principais candidatos a suceder Dieter Zetsche na presidência-executiva da Daimler, Andreas Renschler, está deixando a companhia antes mesmo de saber se terá chances ou não de ocupar o cargo mais alto da montadora de caminhões e carros de luxo.

O contrato de Renschler, que vinha atuando como chefe de manufatura na unidade Mercedes-Benz Cars, uma divisão que inclui carros de luxo e a marca Smart, teria vigência até 2018. Entretanto, analistas afirmam que ele tem perspectivas de assumir um cargo no alto escalão da rival Volkwagen.

Com a saída de Renschler, a questão da sucessão de Zetsche, que já havia sido um tópico espinhoso no ano passado, volta à tona. Em 2013, o conselho de supervisão decidiu prorrogar o contrato do atual presidente-executivo por três anos, dois a menos do que o esperado, para tranquilizar preocupações de investidores sobre falhas em alcançar metas e acompanhar as rivais.

Agora, segundo especialistas, a falta de um claro sucessor pode favorecer o argumento para estender ainda mais o contrato de Zetsche, que também chefia a a Mercedes-Benz Cars. Caso isso não aconteça, três executivos da companhia são vistos como favoritos a ficar com sua função: o vice-presidente financeiro, Bodo Uebber, o chefe da unidade de caminhões, Wolfgang Bernhard, e o chefe da divisão da empresa na China, Hubertus Troska.