Lucro da GM fica abaixo das estimativas de Wall Street
DETROIT, 6 Fev (Reuters) - A General Motors anunciou nesta quinta-feira um lucro mais fraco que o esperado no quarto trimestre, com os resultados na América do Norte, Ásia e América do Sul decepcionando.
O vice-presidente financeiro da GM, Chuck Stevens, disse que os números ficaram abaixo das expectativas porque os analistas não consideraram totalmente a reestruturação relacionada aos planos da empresa de fechar a unidade de Bochum, na Alemanha, no fim do ano, assim como maiores taxas de impostos.
"Nossa visão é de que o consenso da ponta vendedora não compreendeu a reestruturação", disse ele a jornalistas. "O anúncio final relacionado a isso foi feito no início de dezembro. Devido a isso, precisamos reservar custos de reestruturação primeiramente relacionados à parte de indenização do programa."
Stevens disse que enquanto a Europa estava melhorando, o risco na América do Sul estava subindo, com Venezuela e Argentina pesando nos resultados. As regiões internacionais fora da China permanecem sob pressão, disse ele.
O lucro líquido subiu para 913 milhões de dólares, ou 0,57 dólar por ação, ante 892 milhões, ou 0,54 dólar por papel, um ano antes.
O resultado do trimestre incluiu cerca de 200 milhões de dólares em itens não recorrentes relacionados à saída da marca Chevrolet da Europa e ao fim da produção na Austrália, compensados por um ganho com a venda da participação na Ally Financial e outros itens.
Excluindo itens, a GM teve lucro de 0,67 dólar por ação. Analistas consultados pela Thomson Reuters I/B/E/S esperavam lucro de 0,88 dólar por papel.
A receita no trimestre subiu 3 por cento, para 40,5 bilhões de dólares, abaixo da estimativa de 41,08 bilhões de dólares dos analistas.
O lucro operacional da GM na América do Norte ficou em 1,88 bilhão de dólares, ante 1,14 bilhão um ano antes, mas abaixo das expectativas de analistas consultados pela Reuters, de 2,04 bilhões de dólares.
As operações internacionais da empresa, que incluem a China, tiveram lucro de 208 milhões de dólares, abaixo dos 676 milhões registrados um ano antes. Analistas esperavam um lucro de 310 milhões de dólares.
O lucro na América do Sul ficou em 27 milhões de dólares, abaixo dos 151 milhões estimados por analistas.
"O perfil de risco da América do Sul aumentou significativamente nas últimas semanas", disse Stevens. "(Houve) a desvalorização do peso na Argentina e, fundamentalmente, a economia está paralisada na Venezuela, então essa será uma área que vamos ter que gerenciar."
Porém, a empresa não alterou o cenário financeiro para a região até este momento.
A perda na Europa foi reduzida para 345 milhões de dólares, e ficou abaixo dos 399 milhões de dólares de prejuízo que os analistas esperavam.
(Por Ben Klayman e Deepa Seetharaman)
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