Hyundai teme efeito de imposto sobre vendas domésticas
A Hyundai teme que um imposto proposto sobre emissões veiculares de carbono vão cortar suas vendas domésticas em até 10 por cento, e está pressionando o governo sul-coreano a reverter o curso, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
Embora alguns especialistas digam que os alertas podem ser exagerados, eles servem como um lembrete claro de um dos maiores desafios que a Hyundai enfrenta: como fabricar carros mais ecológicos para combater a competição de rivais com maior eficiência de combustível.
Seul planeja recompensar e penalizar compras de veículo com base em emissões de dióxido de carbono a partir de janeiro do ano que vem, esperando incentivar consumidores a comprar veículos elétricos e carros pequenos que têm maior eficiência de combustível.
O plano, já atrasado por quase dois anos em meio a uma forte oposição de montadoras coreanas e norte-americanas, pode representar um grande revés para a Hyundai, já que carros médios ou maiores perfazem 60 por cento de suas vendas domésticas.
A maior montadora sul-coreana estima que a proposta pode levar entre 9 e 10 por cento dos consumidores domésticos a trocar para carros importados, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto, citando projeções da Hyundai.
Isso sugere que as vendas anuais de veículos da companhia podem sofrer um corte de 46.849 veículos, um impacto de 1,6 trilhão de wons (1,5 bilhão de dólares) sobre a receita, segundo cálculos da Reuters com base nas vendas da Hyundai em 2013.
Um porta-voz da Hyundai negou que a companhia tenha feito qualquer projeção de vendas do tipo e a atribuiu à Associação de Coreana Montadoras de Automóveis. A associação não quis comentar sobre sua pesquisa, citando confidencialidade, mas disse ser contra o imposto.
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