Michelin corta meta de vendas em meio a cenário fraco na Europa
A fabricante francesa de pneus Michelin reduziu sua meta de vendas para o ano e disse que vai frear investimentos, após divulgar um recuo de 4,6 por cento nas vendas do terceiro trimestre, sob o peso da queda nos mercados emergentes e da demanda mais fraca por pneus de caminhões na Europa.
A receita líquida caiu para 4,89 bilhões de euros (6,18 bilhões de dólares) no período de julho a setembro, disse a Michelin em um comunicado nesta quarta-feira. A empresa cortou a meta de crescimento neste ano do volume de vendas para 1 a 2 por cento, ante previsão anterior de 3 por cento.
Os investimentos serão mantidos em cerca de 2 bilhões de euros este ano e, posteriormente, "revistos para baixo", afirmou a empresa, caindo de forma constante para 1,5 bilhão a 1,7 bilhão de euros em 2017.
Michelin está tendo que lidar com a desaceleração em mercados emergentes e queda no câmbio, agravados por uma recuperação frágil na Europa. O terceiro trimestre viu "o enfraquecimento da demanda na Europa, especialmente de pneus de caminhão", disse a Michelin.
Os mercados dos Estados Unidos e do Canadá para pneus de caminhões e automóveis mantiveram-se dinâmicos, mas houve um declínio acentuado na demanda de montadoras na América do Sul, disse a empresa.
A queda de preços foi responsável por quase metade do recuo da receita, em meio a uma concorrência mais dura de marcas de baixo custo.
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