Honda fez testes por conta própria por defeitos em airbags da Takata
TÓQUIO (Reuters) - A Honda Motor estava tão preocupada com o número de recalls em função de problemas nos airbags da Takata e frustrada pelo fracasso da fornecedora em explicar porque alguns explodiram, matando cinco pessoas com estilhaços, que a montadora comprou carros usados e sucateados no Japão para realizar os seus próprios testes.
Cerca de 21 milhões de veículos foram convocados para recall em todo o mundo pelas montadoras desde 2008 por defeitos nos infladores da Takata. A Honda, sozinha, fez o recall de cerca de 14 milhões de carros, principalmente nos Estados Unidos, onde quatro das mortes ocorreram. A quinta foi na Malásia.
Duas fontes de dentro da Honda que pediram para não serem identificadas disseram que os testes em de 100 a 150 airbags da Takata no centro de qualidade de Honda perto de Utsunomiya, ao norte de Tóquio, indicaram deficiências na qualidade de fabricação da Takata e lançaram dúvidas sobre a competência de uma empresa que a Honda considera parte do seu principal grupo de fornecedores, ou "keiretsu". Os testes foram feitos no primeiro semestre deste ano.
"Tínhamos dúvidas se a Takata estava produzindo airbags com as especificações que tínhamos mutuamente acordado", afirmou uma das fontes.
"Quando nós não recebemos uma análise clara do que estava acontecendo, decidimos realizar nossos próprios testes... e descobrimos que a qualidade desses infladores era irregular em termos de métricas chave de qualidade."
A Takata negou que a Honda tenha testado airbags usados porque estava insatisfeita com as explicações fornecidas pela companhia e disse que não tinha sido informada de quaisquer problemas de qualidade encontrados.
As fontes de dentro da Honda disseram que os testes não identificaram a causa do defeito, mas levaram a empresa a acreditar que questões de qualidade de fabricação podem ter desempenhado um papel.
O principal porta-voz da Honda, Kaoru Tanaka, confirmou que a montadora realiza testes de qualidade de componentes quando há suspeita de defeitos, mas não costuma divulgar os resultados ou comentar testes específicos.
"O que é mais importante para nós é o nosso cliente, e tomar as medidas necessárias o mais rapidamente possível para a sua segurança... e remover medos e preocupações sentidos em função dos recalls de airbags", disse Tanaka.
(Por Norihiko Shirouzu)
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