Na Alemanha, Volkswagen alerta para corte de empregos por foco em elétricos
Resumo da notícia
- Grupo agora está focado em cortes de custos na marca e na Audi
- Fabricante quer reduzir remuneração de executivos e os bônus
- Margem caiu para 3,8% no ano passado, contra 4,2% em 2017
A Volkswagen vai cortar empregos em estratégia para acelerar o lançamento de carros elétricos e reverter queda em margens de lucro, disse a montadora alemã nesta terça-feira.
A empresa disse que planeja lançar quase 70 novos modelos elétricos até 2028, com o objetivo de colocar-se na vanguarda da mudança do setor para carros de emissão de poluentes zero.
No entanto, a montadora afirmou que os investimentos para reorganizar fábricas, bem como movimentos cambiais adversos e a desaceleração das vendas desencadeada por novos testes para certificação de níveis de emissões de poluentes, levaram a uma queda nas margens de lucro das marcas Volkswagen, Skoda, Audi e Porsche no ano passado.
O grupo disse que vai alinhar a remuneração de executivos e os bônus para ficarem mais perto dos níveis de lucratividade e reduzirá complexidade da produção e o número de funcionários necessários. A empresa não informou quantas demissões pretende fazer no processo.
A margem de vendas da marca Volkswagen caiu para 3,8 por cento no ano passado, de 4,2 por cento em 2017.
O presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, disse que não foi possível fechar um acordo com os sindicatos para aumentar a rentabilidade da marca Volkswagen em 2018. O grupo agora está focado em cortes de custos na marca e na Audi.
"O custo do trabalho é uma grande preocupação para nós. Faz parte da disputa que estamos tendo atualmente com sindicatos. Nosso plano era melhorar a produtividade e diminuir os custos e isso não deu certo em 2018", disse Diess a analistas após os resultados anuais da empresa.
A Volkswagen está se preparando para lançar um novo carro elétrico compacto, conhecido como ID, em 2020, como parte de uma estratégia que prevê a fabricação de 22 milhões de carros elétricos até 2028, apesar da incerteza sobre o nível de demanda por esses veículos.
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