Renault e FCA obtêm apoio do governo francês para que a fusão avance
Diretores da Renault vão avaliar hoje a oferta de 35 bilhões de dólares feita pela Fiat Chrysler, depois que a montadora ítalo-americana resolveu suas diferenças com o governo francês durante a noite, disseram três fontes à Reuters. Já a Renault, em nota oficial, confirmou o interesse na fusão, mas segue em discussão sobre a oferta recebida.
O acordo sobre a influência do governo francês sobre uma fusão da FCA-Renault abriu caminho para a diretoria da Renault aprovar uma estrutura que inicia o longo processo de uma fusão completa entre os dois grupos, a menos que surjam novos problemas na reunião.
A França, maior acionista da Renault, com uma participação de 15%, pressiona por seu próprio assento no novo conselho de administração e para ter direito a veto efetivo sobre as nomeações de presidentes-executivos.
Mas depois de conversas tarde da noite com o presidente da FCA, John Elkann, o governo francês aceitou um compromisso que o levaria a ocupar um dos quatro assentos do conselho alocados para a Renault, equilibrados por quatro indicados da FCA, disseram as fontes.
A Renault também cederá uma de suas duas cadeiras em um comitê de indicações de quatro membros para o Estado francês, disseram eles.
FCA e o governo francês recusaram-se a comentar as discussões. A Renault, por sua vez, confirmou em comunicado que realizará novas reuniões na quarta-feira para discutir a fusão.
"O conselho administrativo decidiu continuar estudando com interesse a oportunidade de aproximação e prolongar as discussões sobre o tema. Voltará a se reunir na quarta-feira, 5 de junho", indicou a Renault.
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*Com informações da AFP
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