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Faltou ambição ao acordo com União Europeia, avaliam produtores de etanol

Para a Unica, tratado poderia ir além por conta da demanda europeia por açúcar e pelo grande consumo de biocombustíveis no bloco - ICARO LIMAVERDE/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Para a Unica, tratado poderia ir além por conta da demanda europeia por açúcar e pelo grande consumo de biocombustíveis no bloco
Imagem: ICARO LIMAVERDE/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Gabriel Araujo

Em São Paulo (SP)

29/06/2019 12h33

As negociações entre Mercosul e União Europeia para o acordo comercial anunciado ontem (28) não foram ambiciosas o suficiente, mas o acerto obtido foi o "melhor possível", afirmou em comunicado a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).

Para a Unica, o tratado poderia ir além por conta da demanda europeia por açúcar e pelo grande consumo de biocombustíveis no bloco, mas dentro das "limitações impostas pela UE" teve o melhor resultado possível.

"O estabelecimento de cotas limita o atendimento da demanda do mercado europeu pelo setor sucroenergético", disse a Unica em nota. "Contudo, estamos confiantes de que esse é um passo sólido em direção a uma maior abertura comercial."

De acordo com a entidade, o acordo contempla cotas para o comércio de açúcar, etanol carburante e etanol industrial, mas apenas depois da divulgação dos volumes e tarifas acertados será possível uma melhor avaliação.

Em 2018, o Brasil exportou 349 mil toneladas de açúcar e 43 milhões de litros de etanol para a União Europeia. Até o atual acordo, o açúcar do país se enquadrava na cota CXL, de 780.925 toneladas, com uma tarifa intra-cota de 98 euros por tonelada.

No caso do etanol, era aplicada uma tarifa de 0,19 euro/litro, o que praticamente impedia o acesso ao mercado, segundo a Unica.

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