Veículos elétricos deixam 410 mil empregos alemães em risco, diz jornal
A mudança para veículos elétricos pode custar 410 mil empregos na Alemanha até 2030, publicou hoje o diário Handelsblatt, citando fontes governamentais.
Apenas em motores e transmissões, cerca de 88 mil empregos estão em risco, afirmou o jornal, citando estudo da Plataforma Nacional para o Futuro da Mobilidade (NPM), um órgão de aconselhamento do governo alemão.
Os motores de carros elétricos usam menos componentes e precisam de menos manutenção que os modelos a combustão, o que pode gerar demissões.
Além disso, a produção de veículos será ainda mais automatizada e não será suficiente para manter o atual nível de emprego, afirmou o diário, citando o presidente do NPM, Henning Kagermann.
Em 2018, o emprego na indústria de veículos da Alemanha atingiu 834 mil postos de trabalho, o pico desde 1991. Como comparação, o Brasil, segundo a associação de montadoras Anfavea, empregou 125,6 mil pessoas, piso desde 2009.
A principal entidade do setor automotivo da Alemanha, a VDA, que afirmou em dezembro que mais postos de trabalho serão cortados em 2020 por causa da queda global nas vendas de veículos, disse que a previsão do NPM foi baseada em um "cenário extremo irrealista".
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