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Yamaha pede que pessoas não entrem em cases musicais após fuga de Ghosn

Ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn durante entrevista coletiva em Beirute - MOHAMED AZAKIR
Ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn durante entrevista coletiva em Beirute Imagem: MOHAMED AZAKIR

Tim Kelly

Em Tóquio

14/01/2020 10h46

A Yamaha Corporation alertou as pessoas a não tentarem se encaixar dentro de cases de instrumentos musicais, em reação a reportagens segundo as quais o ex-presidente da Nissan Motor Carlos Ghosn fugiu do Japão escondido em um deles.

"Não mencionaremos a razão, mas tem havido muitos tuítes sobre entrar em cases grandes de instrumentos musicais. Um alerta após qualquer acidente infeliz viria tarde demais, então pedimos a todos que não tentem", disse a empresa japonesa em uma publicação feita em sua conta de Twitter no dia 11 de janeiro.

Ghosn, que é acusado de ocultar rendas, transferir perdas de investimentos para a Nissan e de se apropriar indevidamente de fundos da montadora, fugiu do Japão no final de dezembro rumo ao Líbano. As autoridades japonesas prometeram persegui-lo e emitiram um pedido de busca internacional para ele e a esposa, Carole.

O executivo não quis revelar como escapou da segurança do aeroporto nem confirmou reportagens segundo as quais cúmplices o levaram pelo saguão de acesso a um jato particular no Aeroporto Kansai, no oeste japonês, escondido em uma caixa de som grande que era volumosa demais para passar pelo aparelho de raio-X.

Reportagens anteriores, que Ghosn refutou, disseram que ele foi retirado de sua casa de Tóquio no case de um contrabaixo.

A Yamaha, que fabrica instrumentos e equipamentos que vão de pianos e contrabaixos a baterias e alto-falantes de grandes dimensões, agradeceu as pessoas em um segundo tuíte por gostarem de sua primeira postagem, que foi retuitada mais de 50 mil vezes. A empresa também lembrou seus seguidores mais uma vez que os cases são feitos para instrumentos, e não pessoas.