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GM demite mais de 1.000 funcionários no Brasil, dizem sindicatos

Carros novos em pátio de fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) Imagem: 19/03/2020 - Roosevelt Cassio/Reuters

25/10/2023 16h23

A General Motors do Brasil demitiu mais de 1.000 funcionários em suas fábricas em São José dos Campos e São Caetano do Sul, no estado de São Paulo, informaram sindicatos de trabalhadores, após queda na venda e nas exportações da montadora norte-americana.

Foram confirmados 800 cortes na fábrica de São José dos Campos, segundo o sindicato de metalúrgicos da região nesta quarta-feira, enquanto, na véspera, o diretor-executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Agamenon Alves, disse à Reuters que mais de 200 pessoas haviam sido demitidas na planta de São Caetano do Sul.

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Na terça-feira, a GM disse que a queda nas vendas e nas exportações levaram a montadora a "adequar seu quadro de empregados" nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, todas em São Paulo.

"Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário", disse a GM em nota.

A unidade de São Caetano do Sul emprega aproximadamente 7.200 funcionários, e a de São José dos Campos, cerca de 4.000 trabalhadores diretos, segundo sindicatos.

Funcionários de ambas as fábricas da GM no Brasil entraram em greve por tempo indeterminado no início da semana após o anúncio, por meio de telegrama, das demissões em massa no final de semana passado.

Nesta quarta-feira, metalúrgicos da unidade de São José dos Campos realizaram um ato em frente à fábrica contra as demissões realizadas pela montadora.

João Pedro, de 30 anos, e sua esposa foram duas das centenas de trabalhadores demitidos da GM no final de semana.

"Eu iria completar três anos na fábrica, minha esposa iria completar cinco ... nós estávamos de lay off, exatamente porque nosso filho estava com seis meses, estava com complicações", disse, acrescentando que o período afastado das funções seriam para que eles pudessem cuidar do filho.

"Estava assegurado para nós, coletivamente, em acordo com o sindicato, a nossa estabilidade e a nossa volta em dezembro, possivelmente, mas a gente foi surpreendido agora nesse final de semana com esse telegrama."

Em gesto simbólico, os trabalhadores penduraram cerca de 100 uniformes de trabalho com mensagens de luta na portaria da fábrica da GM.

"Nós vamos fazer protesto, manifestações, e vamos continuar com essa greve até que esse quadro se reverta e cancele as demissões", disse Renato Almeida, trabalhador da GM e diretor do sindicato de metalúrgicos da região.

A GM disse que suas fábricas em Gravataí (RS), Joinville (SC), Sorocaba (SP) permanecem operando normalmente.

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