Foi difícil achar alguém que não elogiasse o interior do XC40. Também, pudera: a cabine do SUV da Volvo impressiona pela sofisticação. Detalhes em alumínio contrastam com os apliques em madeira com tratamento especial aplicado na versão Inscription, criando um equilíbrio entre esportividade e requinte que agrada aos olhos.
É quase impossível encontrar plástico duro pelo interior do Volvo. Além disso, os bancos são forrados em couro de primeira qualidade e a manopla do câmbio feita de cristal pode até ser cafona para alguns, mas a peça tem seu charme.
Assim como no lado de fora, a cabine do Q3 prima pela elegância. O visual minimalista destaca a central multimídia com tela vertical, cuja aparência (e funcionamento) lembra muito um tablet. Mais importante é que não há detalhes desnecessários ou rebuscados. Tudo é pensado para ser elegante e funcional.
Não há referências em relação ao seu antecessor. A cabine ganhou sofisticação com o painel digital e a simplificação de vários comandos que poderiam distrair o motorista. O comando giratório de acendimento dos faróis foi substituído por alguns botões e os traços da cabine remetem ao Q8.
Alguns detalhes são muito bonitos, como o desenho das maçanetas internas e a manopla do câmbio. A impressão que fica é que, embora não seja de encher os olhos como no Volvo, a cabine do Q3 facilita a vida dos passageiros, que encontram as informações e botões que precisam com maior rapidez.
O Q3 oferece ainda um prático sistema de regulagem de distância do banco de trás. Não é um recurso novo, até porque o Renault Twingo já fazia isso nos anos 90 e o Volkswagen Fox também veio com o sistema em meados da década de 2000. Mesmo assim, o recurso é bem-vindo para ampliar o espaço das pernas de quem viaja atrás ou aumentar a capacidade volumétrica do porta-malas do Audi.
A decisão é bem difícil, mas o equilíbrio de sofisticação com esportividade e a possibilidade de mudar a posição do banco de trás são importantes diferenciais a favor do Q3, que leva este quesito.