O Polo tem destaque pela imponência dos faróis de LED, item faltante no HB20. Além disso, suas linhas sóbrias já se provaram muito bem para o gosto do brasileiro.

Entretanto, o HB20 se permite ir além e adota linhas mais curvas, que por sua vez contribuem para uma silhueta mais fluida. Além disso, sua grade dianteira é maior, o que contribui para a sua presença no ambiente.

Além do mais, emprega a sua assinatura na coluna traseira, com aplique plástico texturizado, bem como unifica a parte de trás com a lanterna inteiriça.

Item acirrado nesse duelo. O que o HB20 tem e o Polo não são: ajustes elétricos dos espelhos retrovisores, alças no teto, seis airbags (o Polo tem 4) e bancos com encostos de cabeça independentes. A sua central multimídia também é levemente superior, devido à visualização e por parecer mais moderna.

Em favor do Polo, só ele tem faróis de LED, entradas USB-C, monitoramento da pressão dos pneus, sistema de frenagem pós-colisão e vetorização de torque. Outro item que se associa com a robustez do conjunto rotativo são os parafusos de rodas. Enquanto o HB20 tem 4 por roda, o Polo tem 5.

O Polo até se sobressai pelo maior espaço para os ocupantes traseiros (ainda que o seu túnel central dificulte um pouco a acomodação dos pés de quem vai no meio) e pela presença de retrabalhos nos acabamentos plásticos na frente.

Entretanto, não é páreo para os bancos mais macios do HB20, bem como pela melhor usabilidade da central multimídia e pelo conforto ao ajustar os espelhos eletronicamente. Até a forma de operar o porta-malas serviu de desempate a favor do Hyundai, que é mais intuitiva desde as primeiras utilizações.

Como os preços de ambos os carros são praticamente idênticos, o critério dos equipamentos é o que mais pesa a favor do Polo. Além disso, como verão em itens a seguir, ele é mais econômico e acelera mais.

Ainda assim, aos que prezam mais pelo conforto a bordo, pode escolher o HB20 sem arrependimentos. O Volkswagen já é mais para aqueles que curtem uma dinâmica um pouco mais afiada.

O HB20 vem equipado com o motor 1.0 aspirado de 80 cv e 10,2 kgfm, com câmbio manual de cinco marchas. Com isso, é capaz de acelerar até 100 km/h em 14,5 segundos. Segundo o Inmetro, na gasolina, faz 13,4 km/l (cidade) e 14,6 km/l (estrada). No etanol, os números caem para 9,6 km/l (cidade) e 10,4 km/l (estrada).

O Polo, por sua vez, vem equipado com o motor 1.0 aspirado de 84 cv e 10,3 kgfm, com câmbio manual de cinco marchas. Com isso, é capaz de acelerar até 100 km/h em 13,5 segundos. Segundo o Inmetro, na gasolina, faz até 14 km/l (cidade) e 15,4 km/l (estrada). No etanol, os números caem para 9,6 km/l (cidade) e 10,9 km/l (estrada).

Vale destacar que o torque máximo do Volkswagen vem a 3000 rpm (ante 4500 rpm do Hyundai). Assim, além de ser um segundo mais rápido até 100 km/h, é perceptível como é mais ágil em uso urbano, apesar de seus 77 kg a mais em relação ao HB20.

Após muito refletir sobre os atributos inquestionáveis de ambos os hatches compactos de entrada (na verdade, ambos são uma versão acima da mais básica), o Polo leva por uma margem apertada.

Tal como dissemos em outros tópicos acima, o HB20 pode ser a melhor opção para quem pensa em uma compra mais emocional, pois explora mais o design, o conforto e a elegância nas interfaces da multimídia e do cluster. Quem procura esses atributos, não concordaria comigo se eu dissesse que o Hyundai se sai perdedor.

Mas como só se pode ter um vencedor, este é o Polo, que entrega mais. É mais esperto no acelerador, consome menos, tem mais assistências eletrônicas, espaço interno e, para quem curte, a calibração de sua suspensão é mais firme e "esperta". No mais, tem LEDs e leva mais retrabalho nos plásticos dos acabamentos no interior também.