Um 'quase' grã-fino chega ao Brasil
Copa do Mundo de 1990, Itália. A 'Squadra Azzurra' era um timaço. Foi dela que saiu o artilheiro do torneio: Salvatore "Totó" Schilacci, com seis gols. Era uma das favoritas ao título e foi bem até ser derrotada na semifinal pela Argentina nos pênaltis por 4 a 3, após empate por 1 a 1.
Alegrias na Fórmula 1 também não eram possíveis. O último italiano a vencer o campeonato havia sido Alberto Ascari, em 1953. E o último título da Ferrari tinha sido conquistado em 1979, com o sul-africano Jody Scheckter.
Decepcionado com duas de suas grandes paixões, o italiano podia ao menos afogar as mágoas em um novo e imponente carro: o Fiat Tempra, que substituiu o Regata em meados de 1990 com personalidade no design, conforto, boa dirigibilidade e espaço interno.
Novidade que também chegou no momento certo ao Brasil, que reabria a importação de veículos que estava suspensa desde 1976 e passava a receber modelos luxuosos e sofisticados como BMW, Porsche e Mercedes. O Tempra, lançado por aqui em novembro de 1991, chegou durante esse frenesi - e talvez seu maior mérito tenha sido o de circular entre tantos grã-finos parecendo um deles.