A Caoa Chery, que surgiu da união da brasileira Caoa com a chinesa Chery, já deu um passo importante na consolidação das marcas da China como referências em eletrificação no Brasil. Embora os modelos a combustão não tenham sido totalmente abandonados, agora toda a linha tem opção a bateria.
Os modelos Tiggo 5X, Arrizo 6 e Tiggo 7 são híbridos leves. Eles trazem bateria para alimentar um pequeno motor elétrico que não é capaz de movimentar as rodas, mas auxilia o a combustão para obter mais economia de combustível. "São até 13% mais eficientes", diz o CEO da montadora, Márcio Alfonso.
Além disso, o Tiggo 8 agora é híbrido Plug-in, embora tenha passado a ser importado. A nacionalização, no entanto, deve acontecer em breve, se ele mantiver os bons volumes que obteve nas pré-vendas, de acordo com o executivo.
CCO da Great Wall, Oswaldo Ramos vê o investimento da fabricante que dirige no segmento de eletrificados como uma maneira de levar o eletrificado a mais pessoas. "Os nossos carros, SUVs médios (como Compass e Corolla Cross), por exemplo, não serão populares, mas trarão essa inovação pelo mesmo preço de seus concorrentes."
Além do Corolla (e dos Caoa Chery eletrificados), não há outros híbridos produzidos no Brasil. A maioria é de marcas premium. Mesmo os que não são vêm com preço muito alto, a exemplo do Jeep Compass 4xe, por R$ 350 mil (o Tiggo 8, apesar de trazido da China por enquanto, já foi lançado por R$ 80 mil a menos).
"É um movimento interessante das marcas chinesas, e elas têm consistência nesse plano de eletrificar o mercado", diz o consultor de mercado Milad Kalume, da Jato Dynamics. "Porém, terão uma briga intensa com o Corolla, que hoje é a referência em modelos híbridos no Brasil, responsável pela maior parte do volume."