Foram longos 10 anos até a chegada de uma nova geração, mas a espera valeu a pena. O Jimny Sierra preserva as virtudes que fizeram dele um mito no off-road. Delas vamos falar daqui a pouco, mas fato é que a nova geração ganhou itens de conforto muito bem-vindos.
Agora o jipinho vem com opção de câmbio automático de apenas quatro marchas, mas o desempenho se mostra adequado - até porque não é prioridade em um 4x4.
A tração, aliás, é acionada por alavanca em vez dos botões da antiga geração. Ela ganhou a companhia de assistências eletrônicas, como controle de estabilidade, diferencial de deslizamento limitado, seletor de modos de condução e controle de velocidade em descidas.
A construção do Jimny segue com chassi separado da carroceria (reforçada com aços de ultraresistência) e suspensão de eixos rígidos com molas helicoidais. Reforços no chassi aumentaram a rigidez em 50% e novos coxins melhoraram o conforto ao passar por irregularidades.
Além de tudo isso, a dianteira ganhou barra estabilizadora com maior diâmetro e as carcaças dos eixos estão 30% mais resistentes a flexões na traseira. E a direção agora tem assistência elétrica em vez de hidráulica, mas exige um giro maior do volante por conta do sistemas de esferas recirculantes.
Este pacotão de novidades é "fechado" em grande estilo pelo que existe debaixo do capô. O motor 1.5 aspirado entrega 108 cv e torque máximo de 14,1 kgfm, bem mais do que os 85 cv e 11,2 kgfm de seu antecessor.
Na prática, o Jimny está bem mais confortável, especialmente na cidade. O jipinho embala com maior facilidade e está bem melhor de dirigir na estrada. Mas não adianta esperar desempenho: ele foi feito para andar sem pressa - de preferência bem longe do asfalto.
Os maiores ângulos de entrada e de saída (de 35 para 37 graus e de 47 para 49 graus, respectivamente) e o aumento de 1 cm na altura livre do solo fazem dele um monstro nas trilhas. A curta distância entre eixos de 2,25 metros também ajuda a vencer costelas de vaca, valetas e atoleiros, mesmo com os pneus originais. Em contrapartida, os passageiros precisam se acostumar com os constantes sacolejos.