Pelo L6, a tolerância é de 0,05 g/km de hidrocarbonetos e de 0,08 g/km de óxidos nitrosos. No L7, ambos foram reunidos em um único parâmetro, o Nmog (gases orgânicos não metanos). O etanol não queimado também é adicionado a essa conta.
A tolerância total às emissões dos chamados Nmog passa a ser 0,08 g/km. E, como ocorreu em todas as fases do Proconve, essa mudança vai levar ao desaparecimento de alguns componentes usados no carro.
O principal ponto a ser melhorado pelas montadoras é a queima na fase fria do motor, de acordo com especialistas. Por isso, as mudanças terão de ser feitas em vários aspectos, desde a entrada do combustível no tanque, que precisarão ter permeabilidade menor. Essa é a razão de a Fiat ter reduzido o tanque da Toro de 60 para 55 litros.
"Entre os sistemas que serão importantes para atender a nova fase do Proconve estão a injeção direta e indireta de combustível e o comando variável de válvulas", diz Franieck.
Os catalisadores precisarão ser retrabalhados deverão ficar mais próximos do escape. "Os motores aspirados mais antigos, que começaram a ser produzidos há dez anos ou mais, terão mais dificuldade de passar", explica. Além disso, o sistema de injeção de gasolina na fase fria (o famoso tanquinho auxiliar dos carros flex) deixa de existir.
Outro sistema que tende a desaparecer é o câmbio manual, bem como os automáticos com menos de seis marchas. "A transmissão é um dos elementos mais importantes para que os carros cumpram as normas do L7", diz Franieck. "O sistema sintoniza o motor nas melhores faixas. Quanto mais marchas, melhor."
Para o especialista, o câmbio manual é um empecilho ao cumprimento das normas, pois dificilmente o motorista faz as trocas no momento ideal. "É um recurso usado conforme conveniência."
Assim como motores mais antigos, algumas plataformas podem não estar aptas a receber adaptações necessárias para adequar um veículos às normas do L7. Entre os exemplos está a instalação de caníster maiores, outra medida fundamental para que um carro cumpra as exigências.
Como, nesses casos, os custos para adaptar as bases é muito alto, a melhor solução encontrada pode ser tirar o modelo de linha. Entre os carros que nos deixaram recentemente (ou deixarão) estão os Fiat Uno e Grand Siena, além de Volkswagen Fox, Renault Sandero RS e Jeep Renegade 1.8.