"Eles estão comendo os cachorros, as pessoas que chegaram, estão comendo os gatos". As acusações do ex-presidente americano Donald Trump ressoaram durante o primeiro debate televisionado em que ele participou com sua adversária, Kamala Harris.
Foi uma repercussão que nem mesmo a chef Helena Rizzo poderia imaginar: em um post no Instagram, ela aparecia em uma foto com sua equipe, mostrando o dedo do meio, seguindo das hashtags #elenão, #elenunca, #elejamais, #elenemfodendo.
Em uma publicação recente em seu Instagram, o famoso chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó, em São Paulo, resolveu reunir algumas avaliações que o restaurante recebe no Google.
Em um restaurante na Baixa de Lisboa, um bitoque — o famoso bife com molho servido com um ovo em cima — custa 15 euros (cerca de R$ 92) para os turistas.
Em menos de uma semana, isso aconteceu duas vezes. Na primeira, um bar de vinhos moderno, nos sentamos e, como era um encontro pela primeira vez — mas não exatamente um primeiro encontro — demoramos um tempo para olhar o cardápio.
Para muitos de nós, comida é prazer, hedonismo. Para um atleta olímpico, é essencialmente combustível, aquilo que lhe permitirá correr, nadar, pedalar, atirar ou dar um duplo mortal carpado sobre uma barra para garantir uma medalha.
A máxima de que não existe almoço grátis vale também para críticos e jornalistas gastronômicos, profissionais que ganham seus salários para comer (e escrever!) sobre refeições pelas quais não precisam pagar — ao menos não diretamente.
Um dos maiores trunfos de "O Urso", a "dramédia" arrasa-quarteirões que abocanhou 23 nominações aos Emmys (um recorde para comédias), é fazer com as cenas que se passam na cozinha pareçam mais reais que os dramas vividos por Carmy (Jeremy Allen White).
Não preciso estar inspirada. Não preciso ficar apaixonada. Eu não preciso fazer mágica. Não preciso salvar o mundo, sabe? Eu só quero alimentar meu filho.
Já se tornou uma tradição: todo começo de julho, quando os Estados Unidos celebram seu Dia da Independência, milhares de pessoas se reúnem em Coney Island, Nova York, para ver pessoas devorarem quantidades absurdas de cachorros-quentes.
Se há uma matemática que não está certa neste mundo é a do desperdício de alimentos: por qualquer equação que se veja, o resultado é sempre desesperador.
Vivemos tempos em que a comida servida a cães, gatos e outros pets alcançou patamares inimagináveis. Em São Francisco, Califórnia, um casal decidiu abrir um restaurante requintado com menu-degustação a US$ 75 dólares (cerca de R$ 380) apenas para cães.
Ninguém precisa de um aplicativo desses capazes de medir com boa resolução os decibéis para constatar que os restaurantes, esses que nós comumente frequentamos, se tornaram espaços muito, muito ruidosos.
Eu nunca pedi a ninguém em casamento na mesa de um restaurante. Mas, em janeiro passado, acabei um jantar com uma aliança no dedo depois de proferir um sonoro "sim!" quando me propuseram um compromisso que fosse "além do casual".
Em 2019, quando o restaurante Mirazur, do chef argentino Mauro Colagreco, foi eleito como o melhor do mundo pela lista dos 50 Best, considerado o mais influente ranking da alta cozinha global, uma correria inédita pairou sobre sua equipe, já acostumada a um ritmo demasiado intenso.
No final de abril, Mollie Englehart, chef executiva da Sage Regenerative Kitchen, em Los Angeles, decidiu adotar uma decisão que ela reconhecia como "arriscada" para seus negócios. Desde o começo de maio, seus três restaurantes, conhecidos por serem referências na cena da cozinha vegana na região,...
Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor. E mostrar, sobretudo, que a nossa gastronomia tem tudo para ser uma das mais relevantes do mundo.