Eventos celebram 30 anos do Movimento Slow Food
Há 30 anos, na pequena cidade de Bra, na Itália, o jornalista Carlo Petrini criou o Slow Food, uma organização internacional que tem como principais objetivos ajudar a preservar as culturas e tradições gastronômicas de todo o mundo, incentivar o consumo de comidas mais saudáveis e sustentáveis e se opor às redes de fast food.
E para celebrar as três décadas do movimento, a campanha internacional "30 Anos do Manifesto Slow Food - Nossa Comida, Nosso Planeta" prevê eventos em todo o mundo, entre os dias 1 e 10 de dezembro. O objetivo é arrecadar fundos para financiar parte da programação planejada para 2020, como, por exemplo, a criação de 300 novos jardins e 15 mercados da terra na África, além de aumentar o catálogo mundial "Arca do Gosto".
Em 30 anos de atividade, o movimento pesquisou mais de 5 mil produtos em risco de extinção no guia que identifica e divulga sabores e fabricou quase 4 mil jardins no território africano. "Pensamos nessa campanha porque parecia correto celebrar um aniversário tão importante e contar a todos quantas coisas conseguimos fazer, quanto o mundo da comida mudou graças ao Slow Food", afirmou o presidente da organização, Carlo Petrini.
O movimento foi criado e apresentado pela primeira vez ao público em 1986 durante uma demonstração no restaurante do McDonald's próximo da Escadaria da Piazza di Spagna, em Roma. Já três anos depois, em 1989, o Slow Food foi oficialmente reconhecido como uma associação internacional e seu manuscrito finalmente foi assinado. Atualmente, o movimento está presente em mais de 160 países, inclusive no Brasil, e conta com centenas de projetos que englobam sustentabilidade e consumo sustentável e milhões de pessoas envolvidas neles.
"E essa história não é mais nada além do primeiro passo do nosso futuro. Um 2020 nos espera, que marcará momentos fundamentais na história do Slow Food, e uma década se abre, durante a qual toda a comunidade de seres humanos será chamada a realizar essa grande mudança necessária para salvar nossa espécie da extinção", finalizou o jornalista.
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