Do Líbano ao Canadá, conheça ótimos vinhos de regiões pouco tradicionais
Falou em vinho, muitas vezes a mente automaticamente imagina vinhedos românticos na França, na ensolarada Califórnia, na Itália, no Chile ou ainda na Argentina. Mas a produção de vinho ao redor do mundo não se limita a esses grandes centros. Conheça abaixo alguns países que também fazem parte do atlas da bebida:
Líbano
Sim, os libaneses fazem vinhos -- e há muito tempo: já havia registros da venda da bebida por lá no tempo dos fenícios, três mil anos atrás. O vale do Bekaa, região a mil metros acima do nível do mar, é conhecido entre outras coisas por seus vinhedos. As cepas de uvas brancas nativas da região, Merweh e Obaideh, são a matéria-prima do arak, o destilado típico libanês -- mas também rendem vinhos bastante apreciados no mercado europeu, principal consumidor do produto.
Ilhas Canárias (Espanha)
Já pensou em tomar vinho vindo de um vulcão? É mais ou menos isso o que acontece com os vinhos produzidos em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, arquipélago espanhol no Oceano Atlântico (a cerca de cem quilômetros da costa do Marrocos). O clima de deserto e o solo vulcânico rendem vinhedos diferentes do que estamos acostumados a ver, enterrados no chão e protegidos por muretas. A fruta mais emblemática da região é a uva branca Malvasia, que rende vinhos doces (e que também aparece, por exemplo, em vinhos do Porto e Madeira).
Canadá
O frio não é impedimento para produzir vinhos, pelo menos não no Canadá. A produção nas regiões de Ontário e da Columbia Britânica começou há cerca de 200 anos e, por um bom tempo, focou-se em vinhos fortificados -- que combinavam melhor com as uvas locais. Nas últimas décadas, a indústria local se fortaleceu e algumas áreas começaram a investir nos icewines, vinhos feitos a partir de uvas congeladas ainda na videira.
Hungria
Outro exímio produtor de vinhos de sobremesa é a Hungria. Os Tokaji, vinhos doces conhecidos em todo o mundo, são batizados em homenagem à sua região produtora, no norte do país, onde o clima úmido permite a chamada "podridão nobre" -- um tipo de fungo que drena as uvas, concentrando ainda mais seus açúcares. A produção do país é tão celebrada que teve até bênção de um rei -- os vinhos da Hungria eram chamados de "vinho dos reis e o rei dos vinhos" pelo monarca francês Luís 14, notório apreciador da bebida.
Marrocos e Tunísia
Vinhos sul-africanos são respeitados entre os apreciadores da bebida, mas existem outros países produtores no continente. É o caso, por exemplo, dos chamados "vins du Maghreb", ou vinhos da região norte da África, como Marrocos e Tunísia. Assim como no Líbano, a produção da bebida é um caso histórico -- os países mantinham comércio com o Império Romano. No século 19, com a colonização francesa, vieram novas cepas de uvas e novas técnicas. Os dois países se tornaram independentes no meio do século 20 e, nas últimas duas décadas, retomaram a produção de bebidas com grande sucesso.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.