Amigos primatas

Por onde anda o chimpanzé amigo de Michael Jackson?

Bubbles era uma das principais companhias de Michael Jackson (1958-2009) no auge da fama. O chimpanzé ia a eventos, shows e clipes. Mesmo quase 35 anos depois, ele ainda é parte de um debate importante sobre cuidados com os animais.
Reprodução
Bubbles (ou "Bolhas") nasceu em cativeiro em 1983 no Texas. Foi retirado da mãe e oferecido para Michael por um treinador de animais de Hollywood. Tornou-se uma sensação e conquistou fãs. Com quatro anos de idade, participou de uma turnê no Japão.
Reprodução/The Sun
No final dos anos 80, Bubbles foi levado para Neverland, o rancho onde Michael Jackson vivia. O comportamento era, no mínimo, excêntrico. O chimpanzé comia guloseimas, assistia a filmes, sentava-se à mesa para jantar e era alvo de boatos, como a invasão de um estúdio sem fralda, bagunça em cômodos e incômodo aos empregados do local.
Stewart Cook/REX/Shutterstock/Stewart Cook/REX/Shutterstock
Bubbles é um dos personagens de um debate acalorado em relação à posse de animais nos Estados Unidos. A lei federal norte-americana é permissiva sobre o assunto, mas a sociedade se organizou em lados opostos sobre como proteger animais.
Pedro Martins/UOL
De um lado, criadores defendem que os animais ficam mais seguros com a proximidade dos donos e expostos ao público. Do outro, donos de santuários ou reservas defendem que os animais deveriam estar em companhia da mesma espécie e próximo do habitat original.
Após Jackson, o lutador de boxe Mike Tyson ficou famoso por ter tigres domésticos. A posse de felinos impulsionou a criação do documentário "Tiger King" (imagem), em que donos de zoológicos particulares e reservas disputam a posse de tigres comercializados sem uma legislação clara.
Divulgação/IMDb
O zoológico particular de Michael foi criticado por organizações como a Peta. Após tentar mantê-los, o músico doou girafas, felinos e outras espécies para "centros especializados", pertencentes a donos particulares.
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Bubbles (foto) foi "aposentado" com cerca de seis anos de idade, quando não poderia ser mais carregado pelo cantor, e mudou-se para um espaço privado na Califórnia. Graças à popularidade do primata, o cantor adotou outros dois chimpanzés. Mas o público continuava achando que se tratava de Bubbles. No início dos anos 2000, o local onde Bubbles estava fechou.
Reprodução/Center for Big Apes
Em 2005, após os rumores de que tinha sido abandonado, Bubbles foi enviado para um santuário de grandes primatas na Flórida. De início, não recebeu aporte financeiro. Com a pressão de sociedades de proteção ao animal, passou a ter os cuidados financiados pela família Jackson, após a morte de Michael.
Reprodução/MJ Toys
Mesmo assim, corriam boatos. Bubbles tinha sido abandonado pela família Jackson. Outros diziam que ele teria recebido parte da herança do cantor. Em 2010, La Toya Jackson, irmã de Michael, foi visitá-lo para diminuir os rumores sobre o abandono.
Reprodução/Center for big Apes
Ainda vivo, Bubbles é hoje considerado um chimpanzé sênior. É tido como um líder entre o grupo de chimpanzés. Segundo os funcionários do local, ele é sensível e também dramático. Lá, tem uma área verde para circular entre as árvores. Seu melhor amigo tem nome de gente, mas também é um chimpanzé: se chama Ripley, que também adora escalar e urrar como o Bubbles.
Reprodução/Center for big apes

Como ajudar

Ajude instituições brasileiras especializadas em primatas

Associação Mico-Leão-Dourado

A Associação Mico Leão Dourado é pioneira no estudo e na preservação do mico-leão-dourado. A espécie é ameaçada de extinção é vendida como animal doméstico.

Projeto Mucky

O Projeto Mucky existe desde 1985 e protege, pesquisa, recupera e devolve micos, saguis, bugios e outros primatas para a natureza.

Rancho dos Gnomos

Criado no início dos anos 90, o Rancho dos Gnomos resgata ursos, felinos e também primatas.

AMPARA Animal

Criada em 2010, a AMPARA Animal cuida de animais domésticos e desde 2016 tem uma equipe dedicada a animais silvestres. É possível fazer a doação de qualquer valor no site oficial.
Publicado em 06 de fevereiro de 2021.
Reportagem: Marcos Candido

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