10 passos para reduzir a pegada de carbono

Pequenas atitudes do dia a dia impactam na saúde do planeta

Por Mariana Queiroz

Você pode até não perceber, mas é impossível caminhar sem deixar pegadas. Nossa vivência no planeta Terra deixa rastros, e cada atitude, por menor que seja, deixa essa marca conhecida como "pegada de carbono". Saiba o que é a pegada de carbono e como reduzir a sua!
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O que é pegada de carbono?

Principal causa das mudanças climáticas, a pegada de carbono é a mensuração do impacto da humanidade, em emissões de gases estufa, sobre a biosfera. Todas essas emissões, provenientes de nossos hábitos de consumo, são convertidas em carbono. Daí o nome 'pegada de carbono'.
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Reduzir a pegada de carbono é um passo importante e essencial para amenizar esses impactos e retomar a saúde ecológica. Você pode fazer sua parte! Para ajudar nessa missão, Ecoa conversou com Guilherme Vianna, economista da Quanta Consultoria, colaborador do GEMA (Grupo de Economia do Meio Ambiente) da UFRJ para conhecer 10 passos para reduzir sua pegada de carbono.
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1. Recicle e faça compostagem caseira

Reciclar é mandatório e fácil de praticar. Evitar que materiais sejam destinados a aterros sanitário ou despejados em rios e mares é uma das melhores coisas que você pode fazer para o meio ambiente. A reciclagem não só evita a emissão de gases gerada nos aterros como também reduz a extração de matérias-primas como alumínio, petróleo, borracha, cortes de árvores e outros.

O resíduo orgânico pode ser transformado em adubo através da compostagem caseira. Se você mora em prédio ou condomínio, uma dica é ter uma composteira coletiva.
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2. Utilize ecobags

Parece boba essa dica, mas trocar as sacolinhas plásticas por ecobags é uma prática simples e bastante eficaz para o meio ambiente, uma vez que levam cerca de dez anos para se decompor. Além disso, o alto índice de descarte incorreto leva à poluição dos oceanos.
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3. Compre do pequeno e local

Dê preferência a pequenos produtores seja qual for o produto ou serviço. Conhecer de onde vem, quem produz e também o fato de ser próximo de você reduz emissões relacionadas ao transporte, por exemplo. No caso de alimentos, também ajuda a ter mais detalhes sobre o cultivo e uso de agrotóxico. Uma ideia legal é ter sua própria horta. Caso o espaço seja pequeno, cultive temperos, como salsinha, cebolinha, alecrim, manjericão, que são fáceis de cuidar.
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4. Consuma conscientemente

Repense não só a quantidade e frequência de compras como também o que e de onde vem o que você compra. Avalie a matéria prima, a embalagem, o processo produtivo e logística dos produtos que consome. Quanto mais natural, duradouro e menos geração de lixo, menor a pegada de carbono.
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5. Menos industrializados, mais orgânicos

A produção industrial, da matéria-prima até chegar na sua casa, traz impactos sérios para o meio ambiente, além desses alimentos conterem conservantes, alta quantidade de açúcares, sódio e outros ingredientes nocivos à saúde. Com uma alimentação mais natural, preferencialmente com orgânicos, o meio ambiente agradece e a sua saúde também.
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6. Reduza o consumo de carne

A indústria agropecuária representa 31% do total das emissões de gases de efeito estufa. Nos últimos 30 anos, foram 17% de aumento. No Brasil, esse impacto se dá, principalmente, devido ao desmatamento de florestas que são utilizadas em lavouras e pastos e à emissão de metano por bovinos. Tem também o alto consumo de água e energia. Reduzindo ou até eliminando o consumo de carne, você também reduz a sua participação neste ciclo. Que tal começar aderindo ao movimento #SegundaSemCarne?
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Quando virei vegetariano, minha principal motivação era a questão do meio ambiente. Depois fui me identificando com outras questões animais. Particularmente no Brasil, a nossa maior lesão ao meio ambiente é o desmatamento. Além do gás metano, emitido principalmente por bois. Um outro fator é a própria alimentação do gado que é feita com o uso de agrotóxicos e outros tóxicos lesivos ao meio ambiente.

Guilherme Vianna,
economista e colaborador do Grupo de Economia do Meio Ambiente da UFRJ

7. Prefira produtos de limpeza "verdes"

Você sabia que bicarbonato de sódio, vinagre, limão e óleos essenciais são ótimos para fazer limpeza e bem menos prejudiciais ao meio ambiente e à sua saúde que produtos de limpeza industrializados? Há uma variedade de receitas com esses ingredientes que são ótimas como desengordurante, amaciante, para lavar roupas, limpar vidros e outras utilidades mais. A sua saúde financeira também agradece, já que o custo é bem menor do que comprar produtos no mercado.
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8. Priorize energia limpa

Embora com um custo inicial mais elevado, a energia solar é considerada energia limpa, com menor dano ao meio ambiente. Quem tem telhado e pode fazer esse investimento, vale a pena. A previsão de retorno sobre investimento da energia fotovoltaica é de aproximadamente 4 anos.
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9. Repense os meios de transporte

Diminuir o uso de carro é um fator que interfere bastante na conta da pegada de carbono. Sempre que possível, dê preferência ao transporte público coletivo, use bicicleta ou vá a pé, em caso de curtas distâncias. Caso precise usar o carro, ofereça carona.

O transporte aéreo tem o consumo de combustível muito maior que os terrestres. Embora no Brasil seja muito difícil trocar o avião pelo carro, devido a longas distâncias, se puder, opte por carro, trem ou ônibus.
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10. Vote consciente

Estamos em ano eleitoral e conhecer as propostas e histórico dos seus candidatos em pautas relacionadas ao meio ambiente é fundamental. Você pode fazer a sua parte no dia a dia, mas poder contar com o poder público ajuda e muito a conquistar resultados mais expressivos na redução do impacto negativo no meio ambiente.
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Quer saber qual é a pegada que você está deixando? Consulte a calculadora de pegada de carbono da ONU no link abaixo. Conscientize-se sobre a sua pegada e faça sua parte para reduzí-la!
Publicado em 20 de abril de 2022.
Reportagem: Mariana Queiroz
Edição: Fernanda Schimidt

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