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Aprenda como ser protetor dos animais

Por Diana Carvalho

É preciso muito mais que amor e respeito à causa para se tornar uma pessoa que protege os animais. Você tem que arregaçar as mangas. Engana-se quem pensa que a proteção se dá apenas no regaste de bichos abandonados e denúncias de maus tratos. A rotina de um protetor envolve comprometimento e consciência, buscando um novo estilo de vida. Por isso, selecionamos algumas dicas para que você dê os primeiros passos em defesa à causa animal.

Resgate

Aprender a lidar com animais maltratados ou abandonados é um desafio que requer dedicação e paciência. Não resgate se você não tiver espaço para abrigar ou tempo para encontrar um lar temporário ou definitivo para o bichinho.
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Tirando da rua

Assustados, os animais podem ter um comportamento agressivo para se proteger. Chegue perto com cuidado e deixe que o bichano se acostume com você. Providencie uma coleira ou focinheira -- principalmente se o animal estiver ferido. É possível usar também um cobertor para carregá-lo em segurança, evitando mordidas. Em estradas ou avenidas, é possível pedir auxílio à Polícia Rodoviária ou Militar.

Dê abrigo

A melhor opção é levar o animal resgatado para sua casa. Por isso, a importância de condições adequadas para recebê-lo. A maioria dos abrigos, ONGs e CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) estão com superlotação e falta de recursos. Caso você não consiga dar abrigo, converse com parentes e amigos e tente encontrar um lar temporário
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Segurança e carinho

Um lar provisório não precisa ser perfeito: basta ter um local em que o animal resgatado possa se abrigar do frio e do calor, e ser bem cuidado. Pode-se improvisar uma cama com um cobertor ou moletom velho.
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Alimentação requer cuidados

Geralmente, animais abandonados estão desnutridos e a alimentação deve ser feita com cuidado. De acordo com Rosangela Ribeiro, gerente de programas veterinários na Proteção Animal Mundial, o ideal é alimentar com ração. Se não for possível comprar, pode-se - provisoriamente - combinar comidas caseiras como, por exemplo, arroz, frango (sem osso), batatas ou legumes. Não tempere com sal, nem óleo. Para os gatos, dê carne moída (frango, peixe ou carne).

Fique atento aos cuidados médicos

Leve o animal ao veterinário o quanto antes para garantir a sua segurança e a dele. É preciso avaliar a necessidade de vacinas e vermífugos, além de tratar qualquer outro tipo de ferimento ou enfermidade. Aproveite a consulta para pesar, medir e descobrir a idade do bichano.
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A importância da castração

Castre o maior número de animais possíveis. A castração é vital para realizar o controle populacional e evitar doenças. Tirar um animal da rua resolve um problema, mas a castração previne vários.
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Use a criatividade

Sabe aquele ditado: para tudo se dá um jeito? Caso não haja condição para manter todas as despesas e tratamentos do animal, é necessário ser criativo. Faça rifas, peça ajuda para amigos e familiares, divulgue nas redes sociais e procure por serviços gratuitos. Também é possível encontrar veterinários que atendem a preço popular. Existem hospitais públicos veterinários e campanhas de castração gratuitas pelo CCZ das cidades.

Lado emocional

Antes de buscar por um lar definitivo, trabalhe em você o "desapego". É normal se apegar aos bichinhos, mas ninguém tem condições de manter muitos animais em casa. Quando o animal estiver castrado, vacinado e vermifugado, comece a busca por uma nova família.
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Adoção

Ao buscar um lar definitivo, invista nas redes sociais, faça posts, tire boas fotos, monte um perfil para o animal. Quanto mais divulgação, melhor. Ao encontrar o novo lar, certifique-se de que o bichinho terá todas condições necessárias de viver em um ambiente seguro e acolhedor.
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Ajude ONGs

Busque uma ONG de sua confiança, que trabalhe com a causa animal, e ajude da maneira que for possível. Ofereça o seu tempo, como voluntário, ou ajude com doações.
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Muito além do resgate

Pessoas que desejam se tornar protetores de animais devem, além de ter amor pelos bichos, ter atenção às políticas públicas para cães e gatos de rua, identificar vereadores e políticos que atuem pela causa animal, cobrar de seus governantes mais ações práticas de resgate, investimentos em serviços e outras formas de bem-estar para os animais.

Estilo de vida

Sabemos que mudanças no estilo de vida levam tempo, mas para atuar na defesa e proteção dos animais é preciso, cada vez mais, repensar práticas do nosso cotidiano. Na alimentação, por exemplo, evitar o consumo de carne. Não consumir produtos de origem animal, como sapatos, bolsas e casacos peles. Não participar de feiras de exposição, rodeios e outros tipos de competições com animais.
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Além de toda consciência e luta pela causa, protetores de animais devem estar atentos e denunciar qualquer prática cruel - abandono, canil clandestino, criadouros não certificados, maus tratos - e ajudar na conscientização coletiva de guarda responsável".

Rosangela Ribeiro,
gerente de programas veterinários na Proteção Animal Mundial
Publicado em 28 de outubro de 2020.

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