Países com a melhor resposta à pandemia do novo coronavírus são liderados por mulheres. Ecoa conta histórias de cada uma delas e por que fizeram a diferença.
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Rápida na quarentena leve, rápida na reabertura gradual: a Dinamarca já liberou as crianças para voltarem às aulas desde 17 de abril. Mas a primeira-ministra Mette Frederiksen avisa que o país ainda está na "corda bamba".
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A Dinamarca tomou medidas de isolamento em 11 de março, quando não havia ainda registrado nenhuma morte. Até então, o único país na Europa fazendo o mesmo era a Itália. A Grã-Bretanha só começou uma semana depois.
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Se pararmos na corda bamba, podemos cair. Se formos rápido demais, em breve pode dar errado. Não sabemos quando voltaremos à terra firme
Mette Frederiksen, disse à imprensa local
A reabertura de escolas para menores de 12 anos pode servir de exemplo para outros países: brincadeiras foram reinventadas, como o pega-pega que virou pega-sombra. E sempre que possível, as aulas acontecem ao ar livre.
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Com 5,8 milhões de habitantes, a Dinamarca registrava 9.311 pessoas infectadas e 460 mortos até ontem. O número de pessoas curadas da Covid-19 chegava a 6.729.
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Frederiksen lidera o Partido Social-Democrata desde 2015. Nos últimos anos, virou à direita em questões imigratórias. Porém, ao ser eleita em junho, prometeu abrandar leis anti-imigratórias para conseguir formar uma coalizão.
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Para mim, está cada vez mais claro que o preço da globalização não regulamentada, da imigração em massa e da livre circulação de mão-de-obra está sendo pago pelas classes mais baixas
Mette Frederiksen disse em livro biográfico
Outra bandeira da primeira-ministra é o combate ao aquecimento global. Seu governo quer reduzir emissões de carbono em 70% até 2030.
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Frederiksen filiou-se ao partido aos 15 anos. É formada em administração e trabalhou como consultora de uma organização sindical antes de ser eleita ao Parlamento aos 24 anos. Também foi ministra do Emprego e da Justiça.
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Aos 42 anos, ela é a mais jovem chefe de estado da Dinamarca. Tem dois filhos adolescentes de seu primeiro casamento e atualmente vive com o diretor de cinema Bo Tengberg.
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Frederiksen se meteu numa disputa pública com Donald Trump em 2019. O presidente americano aventou a possibilidade de comprar a Groenlândia, mas a premiê avisou que a ideia era absurda. Trump cancelou sua visita à Dinamarca
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No começo da pandemia, Frederiksen dedicou três minutos de uma coletiva para responder perguntas de crianças. A iniciativa foi copiada por outros líderes, como a colega primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg.
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A Dinamarca também começou a ajudar outros países. Fez uma doação de ventiladores e de um hospital de campanha à Itália, além de 1 milhão de coroas (R$ 820 mil) à Cruz Vermelha italiana.
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Os dinamarqueses estão entre os que mais pagam imposto de renda no mundo. O país é terra do Lego e de Hans Christian Andersen, autor de "A Pequena Sereia", além do filósofo Kierkegaard e do cineasta Lars von Trier.
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A Dinamarca não chegou a decretar ordem de ficar em casa, mas fechou muitos estabelecimentos, assim como suas fronteiras. Não se sabe quando restaurantes e bares serão reabertos. Festivais estão proibidos até setembro.
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Nossos esforços conjuntos foram absolutamente cruciais. Não acho que a vida normal que tínhamos antes do coronavírus vai voltar