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No Qatar não pode, mas no Brasil, sim; saiba termos do universo LGBTQIA+
Antes mesmo de a bola rolar, a polêmica já estava em campo. Quando o juiz apitou, não deu outra. O Qatar fez da Copa do Mundo de 2022 um desfile de homofobia e pressão para que as diferenças não sejam respeitadas.
Capitães de oito seleções da Europa foram coagidos pela Fifa a não usar braçadeiras com o arco-íris. Já teve jornalista que foi abordado por policiais por carregar a bandeira de Pernambuco, que possui um desenho parecido com o símbolo da comunidade LGBTQIA+.
O Código Penal do Qatar qualifica a homossexualidade como uma prática criminosa, passível de uma pena de oito anos de prisão ou até mesmo de morte sob a "sharia", que funciona junto com a legislação.
A lei proíbe relação sexual entre homens (não há menção a relações entre mulheres), mas não fala sobre expressões públicas de afeto, como beijos e andar de mãos dadas.
Há o risco, porém, de que a partir de uma dessas atitudes, a Justiça local entenda que houve relação e, assim, condene os envolvidos. Tratar pessoas LGBTQIA+ como criminosas não é particularidade do Qatar. No mundo, 69 países punem —alguns até com pena de morte— indivíduos que não se enquadram como heteronormativos ou cisgêneros.
Como o Brasil não é um deles, é possível falar sobre o assunto para compreender melhor.
O que entender e o que evitar
Conceitos para entender
LGBQTIA+: Sigla que define as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, queer, trans, intersexo, assexual e de outras orientações sexuais, identidades e expressões de gênero
Não binário: É a identidade de gênero de pessoas que não limitam o gênero ao binarismo homem e mulher. Algumas pessoas não binárias preferem o uso do pronome neutro, como "elu" e "delu".
Pansexual: Orientação sexual de pessoa que sente atração física, amorosa ou sexual por indivíduos independentemente do sexo. A pansexualidade rejeita a noção de dois gêneros.
Heterossexual: Orientação sexual de pessoa que sente atração física, amorosa ou sexual por indivíduos do sexo/gênero oposto.
Trans: Termo informal usado para caracterizar a pessoa com uma identidade de gênero que não corresponde ao sexo com o qual nasceu. Por exemplo: uma pessoa que nasceu em um corpo masculino, mas se identifica como mulher. Neste caso, trata-se de uma mulher trans.
Termos para evitar
Opção/preferência sexual: Termo inadequado para se referir à orientação sexual das pessoas. Orientação sexual não é resultado de um processo de escolha ou de preferência, mas sim o que ela é e como se vê. TROCAR POR: Orientação sexual
Afeminado: Palavra homofóbica e estereotipante que associa homens gays a características tidas como femininos. Ao reduzir a individualidade a trejeitos supostamente de mulheres, o termo é homofóbico. Além disso, é também preconceituoso às mulheres, ao definir o que é ou não feminino. SUBSTITUIR POR: Gay
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