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Débora Garofalo

Novas aprendizagens para formação docente com a pandemia

29/04/2020 04h00

A pandemia causada pelo coronavírus reascende uma velha discussão acerca da formação docente e da necessidade de contemplar pontos essenciais na construção de aprendizagem de professores, principalmente nos aspectos de tendências tecnológicas e de metodologias ativas.

Muitos especialistas afirmam que após a pandemia pontos precisam ser revistos na formação de professores para prepará-los para lidar com estes novos tempos e com a nova maneira de conceber a aprendizagem. Muitos professores tiveram que superar dificuldades e se reinventar para apoiar estudantes e familiares no processo cognitivo.

É importante salientar que apesar de aulas mediadas por tecnologia, após a pandemia os estudos devem ser retomados de maneira presencial. Nada substitui as aulas presenciais e a interatividade dentro da sala de aula!

E o que precisa mudar na formação do professor?

A formação docente terá um papel central: desmistificar o papel da tecnologia e reconhecer a importância do professor reafirmando a importância do uso de TICs como meio de aprendizagem e não como fim.

Com o ensino mediado pelas tecnologias ficou evidente que aulas expositivas não atraem crianças e jovens, sendo necessário ir além, refletir, replanejar e planejar novas trilhas de aprendizagens que envolvam o pensamento crítico e novas maneiras de avaliar. É importante construir junto aos estudantes portfólios, ao longo da aprendizagem, em que o professor possa intervir e atuar como um mediador do processo cognitivo proporcionando provocações para que os mesmos participem de maneira autônoma e protagonista da sua aprendizagem.

Por outro lado, veremos uma valorização do profissional da educação, já que muitos familiares estão lidando com os estudantes em casa e descobrindo a importância do professor e do seu papel.

Revendo a formação docente

O ensino superior deve preparar o profissional para trabalhar com diferentes vertentes da profissão de educador, abordar questões contextualizadas com os desafios da educação, prevendo diferentes situações de aprendizagem, além de um estágio que contemple uma residência pedagógica, com um tempo maior de duração. É preciso vivenciar diferentes situações e abordar metodologias ativas e tendências tecnológicas, como cultura maker, cultura digital e linguagem de programação, junto a experiências exitosas.

Muitos professores têm sentido dificuldades de lecionar com o auxílio de tecnologias, devido a ausência de preparo para lidar com as mesmas e por receio de não conseguir avançar com a aula, que vai desde ferramentas de colaboração a ferramentas de interação. A formação continuada é essencial neste momento Após a pandemia, com o retorno de aulas presenciais, nem os professores e nem os estudantes serão os mesmos.

Um abraço.