Estratégias que podem ser realizadas para combater a evasão escolar
O cenário da pandemia acentuou as desigualdades sociais e levantou o alerta vermelho para a evasão escolar. Aliás esse é um assunto, que há muito tempo vem sendo debatido na educação e dados do IBGE (2018) demonstram que 11,8% dos estudantes entre idade de 15 a 17 anos estão ausentes das escolas o que equivale a 1, 1 milhão de jovens.
Neste momento, tornou-se essencial um olhar das políticas públicas para a ampliação do acesso à internet de banda larga, principalmente nas periferias e comunidades, acompanhadas de estratégias pedagógicas e de acolhimento.
Em um país tão diverso como o nosso, estratégias advindas das unidades escolares fazem a diferença no combate. Assim, como compreender o que está levando crianças e jovens a deixarem os estudos é essencial para ter uma rápida tomada de decisão. Por outro lado, sabemos que são muitos os desafios, como: ausência de infraestrutura e conectividade, familiares com baixa escolaridade para apoiar o processo de aprendizagem com atividade impressas, desestímulo a prosseguir com os estudos diante de tantos desafios e provações, entre outros.
É um equívoco pensar que que a evasão escolar só ocorrerá no pós-pandemia, porque é no agora que muitos já optaram por abandonar os estudos! Outro fator alarmante será a possível ausência de recursos, motivada pela crise econômica, em que a aprovação do novo FUNDEB se torna imprescindível para não cometermos antigos erros que acentuam as desigualdades e excluem os jovens da escola. A Educação precisa estar no centro das reflexões e ser priorizada porque é nela que formamos cidadãos integrais.
E diante do exposto, quais medidas as unidades escolares podem realizar para mitigar a evasão escolar?
Compreender os problemas enfrentados pelos estudantes
A primeira medida é entender as dificuldades enfrentadas pelos estudantes e pelos familiares e planejar ações com materiais impressos/didáticos que visam instruções por áudios para que possam auxiliar tanto os pais que tenham dificuldades, ao mesmo tempo orientar os estudantes para realizar as atividades propostas e a ter uma rotina de estudos.
Fomentar o diálogo
Conversar com os professores, ouvi-los e traçarem juntos estratégias para ouvir a comunidade e identificar possíveis causas.
É necessário promover formações e traçar estratégias de avaliação para esse período, planejar diagnósticos e compreender os problemas que o entorno da comunidade escolar vem enfrentando, principalmente as escolas inseridas em comunidade. Importante intensificar conversa sobre gravidez na adolescência, drogas, profissões, vestibulares e outros identificados nesse período.
Planejar ações de recuperação
Secretarias Estaduais e Municipais realizando planos de recuperação, mas é essencial detalhar esses planos a realidade de cada unidade escolar contemplando as necessidades de aprendizagens dos estudantes. Vale rever o projeto político pedagógico das unidades escolares e dialogar com o conselho de escola para que possa antecipar e demandar ações nesse sentido, já que especialistas estima-se um processo de 2 anos para recuperação do processo de aprendizagem devido a pandemia.
Ações de engajamento
Esse é o momento de engajar e realizar uma busca ativa dos estudantes, usar metodologias ativas com foco a motivar os estudantes neste momento emergencial. Trabalhar com as habilidades socioemocionais, atividades gamificadas, jogos, aprendizagem mão na massa, incentivar os estudantes a estarem contato com os colegas, se apoiando e incentivando uns aos outros a continuar, abrindo um leque de possibilidades, potencializando as ações através de dispositivos que os estudantes possuem acesso, respeitando o ritmo de aprendizagem e dosando novos conteúdos, adaptados às necessidades de aprendizagem.
Essas ações simples, com enorme potencial transformador de reverter o abandono escolar!
Um abraço e até a próxima semana.
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