Topo

Débora Garofalo

Eleições Municipais: Esse assunto também pertence a sala de aula

Nossas crianças e jovens estão em constante processo de formação de opinião - Getty Images
Nossas crianças e jovens estão em constante processo de formação de opinião Imagem: Getty Images

11/11/2020 04h00

Estamos próximos a vivenciar em todo o país as eleições municipais de 2020, com escolha a prefeitos e vereadores, em que poderemos ter mudanças nas diretrizes educacionais dos municípios brasileiros.

Nesta hora, vale levar esse tema a sala de aula, promover debates, conhecer propostas políticas e aquelas que estão voltadas a Educação, porque isso visa uma mudança em todo o cenário.

Quando falamos em educação, devemos sempre levantar a bandeira de educação integral e da educação em direitos humanos e isso não se trata de doutrinar os estudantes, mas em permitir que eles vivenciem na educação a cidadania e o quanto a vida deles pode ser impactada. Apresentar o papel de um prefeito, de um vereador e abrir a escola para debates de ideias para possam conhecer melhor as propostas que serão apresentadas e aquelas que terão continuidade das políticas educacionais, porque isso afeta diretamente o processo de ensino aprendizagem na sala de aula e mais do que isso pode interferir nas diretrizes e resultados.

Por todo o exposto, esse é um assunto que também pertence a educação e consequentemente a sala de aula! E devemos tecer o olhar e incentivar os nossos estudantes a conhecerem os candidatos e suas propostas destinadas a ocuparam esses cargos em seus municípios.

Conhecendo propostas

O Todos pela Educação tem dialogado com vários candidatos e aqui é possível conhecer suas propostas voltadas ao cenário educacional. O professor tem a possibilidade de trabalhar por diversas perspectivas em sala de aula, apresentando as propostas, tecendo comparações, olhando dados estatísticos e explorando o potencial nas diferentes áreas do conhecimento.

Parlamento Jovem

Outro programa que merece destaque e a participação dos estudantes é o Parlamento Jovem, que é um programa desenvolvido pela Câmara dos Deputados do Brasil, que possui como objetivo o engajamento dos estudantes nos processos democráticos através da participação de uma simulação das atividades que ocorre neste fórum. Conhecer o programa, serve de inspiração para realizar algumas adaptações e pode fazê-lo em sala de aula, incentivando os estudantes a se inscreverem para participarem.

Criando jogos de tabuleiros e/ou digitais

Mais do que serem consumidores de tecnologias, nossos jovens precisam ser produtores dela! E que tal criar com a turma jogos sobre as eleições. O primeiro passo é ouvir especialistas e buscar informações no Tribunal Superior Eleitoral para que possam criar situações para os jogos.

O Jogo é um instrumento pedagógico lúdico, que cumpre a função de trazer envolvimento, engajamento e reflexão entre os estudantes sobre a importância de sua participação no processo eleitoral. Através de um jogo os estudantes podem vivenciar situações de direito e cidadania e desenvolvendo habilidades sobre o valor do voto para a vida em sociedade.

Espaço para o debate

Outra ideia proporcionada pela facilidade dos usos das tecnologias são as questões dos debates. Em que os estudantes podem ser futuros candidatos e montar propostas, inclusive de melhoria a escola. Como continuidade a estas propostas, podem ser desenvolvidas atividades efetivas como: grêmio de escola, conselho de escola, lideranças de sala de aula, grupos de acolhimentos, grupos de mediadores de conflitos entre outros.

Nossas crianças e jovens estão em constante processo de formação de opinião e a escola é um espaço propício para que eles possam lidar com diversas situações e responsabilidades, entendo que através do voto temos a oportunidade de transformar a vida de milhares de pessoas e exercendo uma consciência social.

E você educador, como lida com essas questões em sala de aula? Escreva aqui nos comentários e ajude a inspirar outros professores a dar o primeiro passo.

Um abraço e até a próxima.

*Este texto não representa, necessariamente, a opinião do UOL.