Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Engajando sociedade, nova plataforma vai monitorar queimadas na Amazônia
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Enquanto você lê esse texto, além da fome que acomete mais de 33 milhões de pessoas e o genocídio ao povo negro, mais um evento acontece: a Amazônia segue desmatada. É a morte em movimento sequência de um dos biomas mais sagrados e positivos não só para o Brasil, como para o mundo.
Vejam só, os números não mentem: nos últimos doze meses, 8.590 km² de floresta foram derrubados, uma média de 18 árvores A cada segundo. Só no mês de agosto, por exemplo, foram registrados 33 mil focos de queimada, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Em consonância com a Semana da Amazônia, a partir do Dia da Amazônia, comemorado na última segunda-feira (5), uma iniciativa reunindo diferentes entes busca chamar ainda mais atenção pelo o que acontece ali.
É o portal ''PlenaMata'', relançado agora, e que vai acompanhar em tempo real o desmatamento na região. Criado pela Natura, Mapbiomas, InfoAmazonia e Hacklab, a plataforma tem, como novidade, conteúdos e reportagens inéditos, além de um glossário técnico, campanhas e petições públicas de proteção à região.
Em um contexto de tanta efervescência pela urgência climática, a iniciativa visa criar e potencializar os meios para que a sociedade sinta-se engajada. É o que compreende Denise Hills, diretora global de Sustentabilidade de Natura & Co América Latina.
''A postura de engajamento público marca a história da Natura. Estamos presentes há mais de 20 anos na Amazônia e, ao longo das últimas décadas, nos envolvemos diretamente com causas socioambientais, seja por meio da nossa própria operação de negócios, que ajuda a conservar 2 milhões de hectares de floresta. seja por meio da participação em debates e coalizões de relevância pública. Isso está enraizado na maneira como fazemos negócios e na forma como interagimos com a sociedade''.
Um dos chamamentos públicos da plataforma é uma lupa sobre um projeto de lei de iniciativa popular, o Amazônia Viva, liderado pela ONG Nossas, que prevê destinar R$ 57 milhões para a sobrevivência do bioma e a segurança de povos originários, ribeirinhos, quilombolas e pequenos produtores extrativistas.
A riqueza de parceiros ajuda e fortalece o coro. Para Denise, a reunião da empresa com diversas organizações surge como ato de união que ''vai permitir que um público amplo tenha acesso facilitado e contextualizado sobre os temas que tocam a maior floresta tropical do mundo''.
''Essa é uma questão urgente e requer respostas e decisões coletivas. Por isso, acreditamos que empresas podem e devem participar desse processo, em conjunto com os governos e a sociedade civil''.
Em um dia como o de hoje, em que colocamos nossos esforços a reiterar a Independência, não podemos deixar à margem essa questão tão fundamental para a recriação do país, ou mesmo como ele pensa um dos principais eixos: a sobrevivência da natureza, como fator indissociável do social (não só ambiental).
Fiquemos de olho no que pulsa sendo indicador de boas conversas e disseminação de informação sobre. Um deles é o perfil @AmazoniaViva, caracterizando-se como espaço aberto de debate para todos. Parte do que ali é publicado está baseado em dados do PlenaMata, que acompanha em tempo real o desmatamento na Amazônia.
Cabe lembrar (ou relembrar) que estamos durante a campanha política, e também cabe à sociedade cobrar dos líderes sobre as ações propostas para uma #AmazôniaLivre. Como bem traz Maria Bethânia, em um vídeo recortado nas redes sociais, "campanha política que não fale em árvore e água pra mim não presta". Pela Amazônia. E pelo Brasil.
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