Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
A duas semanas das eleições, o que brasileiros pensam sobre desigualdades?
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Voo, e nem parece. Nesta quarta-feira (21), faltarão apenas 11 dias para as eleições gerais de 2022, o primeiro turno. E apesar das poucas proposições, tempo e engajamento real dos candidatos sobre o que se espera não só para os próximos quatros, mas sim um futuro de período maior, vamos às urnas entendendo minimamente quais são as noções básicas e profundas para um país desenvolvido e assim, possível.
Ainda submersos aos impactos de uma crise econômica e sanitária - e em meio a ela - aprofundamos nossos pensamentos sobre o dever do Estado, e nele, dispomos energia para as soluções cabíveis dentro de um cenário de terra arrasada, sem perder a esperança.
É o que traz o quarto relatório da ??Nós e as desigualdades'', realizado pela Oxfam e DataFolha, com uma análise de dados que ampliam ainda mais o debate público sobre a redução das desigualdades no Brasil. Dentro do panorama, a pesquisa revela as visões sobre os mais variados eixos dentro do que se imagina ser um propósito do país, enfatizando, inclusive, o grau de diferenças e oportunidades apresentadas pelas tantas realidades existentes.
Nesse contexto, 96% dos que responderam dizem apoiar a garantia, pelos governos, de recursos para programas de transferência de renda e de assistência social, principalmente para quem mais precisa. Parcialmente na mesma faixa, 95% dos brasileiros acreditam que o Auxílio Brasil deveria atender todas as pessoas em situação de pobreza. Já 85% afirmam que o progresso do Brasil está condicionado à redução de desigualdade entre pobres e ricos
Só que não para por aí. Na explanação, o espaço para as temáticas de justiça social, disparidade racial, gênero e ativismo político, além de questões e opiniões a respeito sobre educação e ensino.
É interessante pensar que a amostra ouviu a sociedade (cerca de 2.564 pessoas em nível nacional) em março, meses antes do pleito, mas exprimem não só a sensação, mas as vontades do brasileiro, permitindo também um recorte regional e suas variações.
Além de apontar os clamores de um país com diversas pandemias, há um fator a ser pinçado como valioso: o peso da população mais jovem, considerando as faixas de 16 a 24 anos, grupo que participa ativamente na cena pública e deve aumentar nos próximos anos. Segundo o relatório, existe um olhar ainda mais profundo sobre as desigualdades, e por sua vez, a indicação do que se pode fazer.
Não poderia deixar de ser, considerando que em 2022 foram contabilizados o dobro de registros eleitorais para o pleito entre jovens de 16 e 17 anos. E o que mais angustia é saber que a faixa etária não teve, com a devida importância, maior dedicação nos planos dos candidatos.
??Esperamos que os resultados desta pesquisa de percepção contribuam para o debate público, quando o país se prepara para as eleições mais importantes das últimas décadas. Que as candidatas e candidatos a mandatos por todo o Brasil ouçam o chamado majoritário da população brasileira, que pede um país com mais justiça e menos desigualdades??, sinaliza a pesquisa. É o que espero, rezo e voto.
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