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Eduardo Carvalho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Eleições 2022: o peso do voto para deputado estadual, federal e Senado

Mulher apertando confirma na urna eletrônica - iStock
Mulher apertando confirma na urna eletrônica Imagem: iStock

Colunista do UOL

28/09/2022 06h00

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Em contexto de prioridade máxima por ser a eleição mais decisiva desde a redemocratização, é provável que sua atenção, nesse momento, se volte para o cargo de presidente da República, como símbolo de maior transformação e/ou continuidade que se pode ter.

Mas o que eu quero te lembrar, a exatos quatro dias do pleito eleitoral, é sobre a importância do exercício da cidadania (e atenção) na hora de escolher deputados estaduais, federais e senadores.

São eles, os candidatos e candidatas municipais e federais, responsáveis por auxiliar você na melhoria do estado, criando vínculos que impactam maiores noções para a elaboração das políticas públicas. E não apenas: surgem como intelectuais orgânicos do que realmente é necessário para a melhoria das metrópoles brasileiras.

O saldo disso? A renovação da cadeia política, com intuito de promover ainda mais pessoas ligadas a causas, movimentos e ideais que sintetizam a mudança que você quer ver no país.

Ao todo, somam-se 27.964 candidaturas para as três esferas nestas eleições gerais, de acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No levantamento, 10.619 tentaram representar a escolha do povo para a Câmara dos Deputados; 16.735 concorrem às Assembleias Legislativas e 610 ao parlamento distrital.

O Sudeste figura com a maior quantidade de candidatos, sendo 9.550; também sendo o maior colégio eleitoral, seguido pelo Nordeste (7.257), Norte (4.228), Sul (3.830) e Centro-Oeste (3.060).

Dentro da multiplicidade de candidaturas, há opções individuais e coletivas, por exemplo, ampliando a variedade na hora da escolha. Nesse sentido, o significativo aumento, por exemplo, de candidaturas coletivas de mulheres; mulheres negras e trans.

Segundo um levantamento do Poder360, feito com base nos dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), esse ano o Brasil terá 218 iniciativas que disputam uma vaga no Legislativo: 70 nomes para a Câmara dos Deputados, 136 para as Assembleias Legislativas e, pela 1ª vez, 4 para o Senado.

Quem vem acompanhando esse movimento de candidaturas negras, em especial, é a rede Movimento Mulheres Negras Decidem, que em recente panorama, monitorou e indicou as mulheres negras que obtiveram sucesso na disputa eleitoral dos últimos quatro anos, além de seus principais esforços nos temas.

Segundo a análise, é possível ver "quão preocupante é esta representação escassa, embora extremamente necessária". Atualmente, veja só, o percentual de mulheres negras na Câmara dos Deputados é pouco mais de 2%.

Nesse sentido, eu só posso mandar a real, sendo reto, curto e grosso: pense bem e faça uma eleição diferente, colocando aquele que dialoga com o que você acredita nos cargos públicos para os próximos quatro anos.

Sabe o "match" que deu certo? Faça valer. Privilegie aquilo que você acredita como os melhores projetos, e que serão realmente possíveis no futuro que começa agora. Analise e conheça também as candidaturas de mulheres, negros e LGBTQUIAPN+.

Não custa repetir, mas pra esse voto não tem segundo turno. E ele pode (e deve) ser útil.

Se você quer mais informações sobre os candidatos, basta acessar a Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais, do TSE.