Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Hilton, Salabert, Sônia Guajajara e mais: As boas notícias dessas eleições
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Na última quarta-feira, trazia aqui em Ecoa a importância da atenção redobrada para a eleição de candidaturas tradicionalmente esquecidas pelos partidos. Tratava-se, portanto, da chegada de mais mulheres, pessoas LGBTQUIAP+, negros e indígenas vislumbrando a luta política agora no outro lado da trincheira.
Passadas algumas horas desse já amargo e tenso primeiro turno, algumas comemorações precisam ser pontuadas, justamente a partir desse contexto.
Erika Hilton (PSOL), antes deputada estadual por São Paulo, chega a partir de 2023 como primeira mulher trans eleita ao Congresso
Nacional, com 255 mil votos.
Já em Belo Horizonte, Duda Salabert, que já tinha sido a vereadora trans mais votada da cidade, em 2020, foi a terceira candidata mais votada do estado, e a primeira mulher, com 208.332 votos.
Robeyoncé Lima (PSOL) é a primeira advogada trans negra em Pernambuco, tendo atuado como codeputada num movimento anterior. Sua atuação na bancada regional sempre foi voltada a temas como desencarceramento, renda básica universal e políticas públicas para comunidades LGBTQIA+.
Em São Paulo, Sônia Guajajara (PSOL) chega ao posto de primeira mulher indígena eleita para representar o estado paulista. Também indígena, mas em Minas, Célia Xakriabá (PSOL), representará 101.078 votos.
Maior voz política em sustentabilidade e meio ambiente no país, a ex-ministra do Marina Silva (Rede) retorna ao Congresso 11 anos depois. Do Rio, Talíria Petrone (PSOL) é reeleita como a terceira deputada mais votada, obtendo 200 mil votos.
Como já pontuado no UOL, as assembleias legislativas também tiveram mudanças: Linda Brasil (PSOL) se tornou a primeira deputada estadual trans eleita em Sergipe, assim como Dani Balbi (PCdoB), a partir do Rio de Janeiro; Carolina Iara, da Bancada Feminista do PSOL, continua o legado de Erica Malunguinho na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), bem como Renata Souza (PSOL), no Rio.
Apesar da continuidade de uma onda conservadora no país, a reboque das candidaturas de figuras negacionistas e de extrema direita, nós temos boas notícias - apesar da dispersão da ala progressista.
Ao trabalho, pessoal.
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