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Trudruá Dorrico

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Txai Suruí: jovem indígena de Rondônia discursa na COP26

Txai Suruí, jovem indígena que discursou na abertura da COP26 - Arquivo pessoal
Txai Suruí, jovem indígena que discursou na abertura da COP26 Imagem: Arquivo pessoal

Julie Dorrico

03/11/2021 06h00

A Cúpula do Clima (COP26) é um evento que reúne chefes de Estado para discutir estratégias que visam diminuir o aquecimento global. Este ano, a cerimônia está sendo realizada em Glasgow, Escócia, no período do dia 31 de outubro a 12 de novembro de 2021.

Na segunda-feira, 1º, discursaram António Guterres, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e a indígena de Rondônia, Walela Txai Suruí, endossando a importância do comprometimento real com as ações climáticas.

Walela Txai Suruí é filha do cacique Almir Suruí, liderança do povo Suruí, e da ativista Neidinha Suruí, responsável pela Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental. Estuda direito na Universidade Federal de Rondônia e tem 24 anos. Txai utiliza suas redes para denunciar os ataques ao seu e aos povos originários de Rondônia, bem como os impactos climáticos que atingem diretamente os modos de vida indígenas.

Discurso emocionante

Em um discurso emocionante, a jovem indígena Txai Suruí relembrou o assassinato do amigo, professor e guardião da floresta Ari Uru-Eu-Wau-Wau, que fazia parte de um grupo de vigilantes que protegiam a aldeia e se empenhavam em registrar e denunciar extrações ilegais de madeira dentro do território indígena. Txai expôs a imobilidade dos líderes globais frente ao avanço frenético de agentes extrativistas às terras indígenas na Amazônia. A inércia dos chefes de Estado resulta em assassinatos brutais dos indígenas que tentam proteger a Amazônia, que na linha de frente da emergência climática, lembra a ativista, deveriam figurar o centro das decisões políticas que envolvem a floresta.

Também pontuou a presença arqueológica do povo Suruí na Amazônia com cerca de 6 mil anos, e os ensinamentos ancestrais, passados pelo chefe e pai Almir Suruí, que lhe ensinou a ouvir as estrelas, a Lua, o vento, os animais e as árvores. Com o clima esquentando, e as plantações não crescendo como antes, a Terra está falando que a humanidade não tem mais tempo, diz Txai, e não é 2030 ou 2050, é agora, golpeia.

Para assistir à transmissão completa da jovem suruí, acesse o seu perfil pessoal no Instagram @walela:

Para seguir Txai Suruí nas redes

Instagram: Txai Suruí (@walela) ? Fotos e vídeos do Instagram
Twitter: txai suruí #MarcoTemporalNão (@walela15) / Twitter

Para acompanhar toda a programação da COP26, clique aqui:
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